A Standard & Poor's cortou a nota de cr�dito de longo prazo da Ucr�nia para CCC, de CCC+, devido � piora "substancial" na situa��o pol�tica do pa�s. "N�s acreditamos que isso eleva as incertezas de cont�nua provis�o de apoio financeiro da R�ssia ao longo de 2014 e coloca a capacidade do governo em cumprir o servi�o da d�vida a um risco mais elevado", destacou a ag�ncia de classifica��o de risco.
"Agora n�s acreditamos ser poss�vel que a Ucr�nia d� calote na falta de mudan�as significativamente favor�veis nas circunst�ncias, o que n�s n�o antecipamos", afirmou a S&P. A perspectiva negativa reflete a vis�o de que o governo ucraniano ainda deve assegurar um financiamento externo suficiente para evitar um calote seletivo.
A nota de cr�dito da Ucr�nia j� havia sido rebaixada pela S&P em 28 de janeiro. Na �poca, a ag�ncia alertou que tomaria novas a��es se a crise pol�tica deteriorasse a capacidade de pagamento do pa�s. "Os confrontos entre manifestantes e for�as de seguran�a que se iniciaram em 18 de fevereiro nos levou a concluir que um fim conciliat�rio para o impasse pol�tico agora est� fora de alcance", declarou a S&P. O texto publicado pela ag�ncia revela a descren�a de que a R�ssia mantenha o compromisso de financiar a Ucr�nia em US$ 15 bilh�es, o que levaria o pa�s a um calote nas obriga��es em moeda estrangeira.
A expectativa inicial era de que o apoio russo, que corresponde a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucr�nia, estaria totalmente entregue at� a segunda metade do ano. A ag�ncia lembrou que a R�ssia come�ou a desembolsar os recursos, mas que em janeiro j� suspendeu os US$ 2 bilh�es que enviaria ao pa�s, assim como em fevereiro.
A estimativa da S&P � de que o Banco Nacional da Ucr�nia e a estatal Naftogaz possuem cerca de US$ 13 bilh�es em servi�o da d�vida em moeda estrangeira e cumprir em 2014. As reservas internacionais da Ucr�nia recuaram para US$ 17,8 bilh�es em janeiro.
A alternativa, que seria uma ajuda financeira dos EUA, da Uni�o Europeia ou do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), provavelmente estaria atada a condi��es associadas com o programa formal de empr�stimos do FMI. Entre as condi��es provavelmente estariam a flexibilidade na taxa de c�mbio, o fortalecimento do setor financeiro, consolida��o fiscal e aumento nas tarifas de energia dom�sticas. "Em nossa vis�o, o governo ucraniano n�o est� inclinado a endossar essa dire��o de pol�ticas", afirmou a ag�ncia.