As chuvas dessa �ltima semana de fevereiro ainda n�o resolveram o problema de esvaziamento dos reservat�rios Sistema Cantareira, maior fonte de abastecimento da Grande S�o Paulo, que nesta ter�a-feira, 25, atingiram 16,9% de sua capacidade.
O �ndice, pior registrado desde sua constru��o, em 1974, confirma os estudos de proje��o feitos pela Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), que opera o sistema, que apontavam que em mar�o as represas chegariam a 16% de sua capacidade.
O cen�rio s� deve come�ar a estabilizar a partir deste final de semana. Previs�o da Somar Meteorologia divulgada na segunda mostrou que uma frente fria estaciona na Regi�o Sudeste do Pa�s a partir desta sexta-feira - in�cio do fim de semana prolongado de Carnaval.
A previs�o � que deve chover intensamente a partir do s�bado e assim permanecer� at� o dia 6, nos Estados de S�o Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. As precipita��es atingir�o tamb�m o Sul de Minas e a regi�o de Bragan�a Paulista, �rea de influ�ncia para a recarga dos rios e represas que comp�em o Cantareira.
Em Camanducaia (MG), �rea de nascente de um dos rios que abastecem o Cantareira, chover� em uma semana quase o volume todo esperado para o m�s de mar�o. Com isso, a Sabesp espera que a partir do pr�ximo m�s as represas come�ar�o a encher.
S� um dil�vio resolveria o problema de reserva de �gua do Cantareira para os meses de seca, que come�am a partir de abril, com a chegada do frio. Estudos t�cnicos do Cons�rcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia� (PCJ) apontam que precisaria chover em dois meses cerca de 1 mil mil�metros para que as represas entrem no per�odo de inverno com 50% da capacidade.
Para se ter uma ideia, em 2010, na �ltima grande cheia do sistema, quando as comportas tiveram que ser abertas pela primeira vez para que n�o transbordassem, choveu 1,5 mil mm em todo ano. "Para a elabora��o desse c�lculo levamos em conta que 25% das chuvas infiltram ou se perdem, 75% das chuvas ir�o encher os reservat�rios e a chuva cair� em 50% da �rea de drenagem", explica Jos� C�zar Saad, coordenador de projetos do Cons�rcio do PCJ.
Segundo boletim do grupo anticrise do Cantareira, criado por determina��o dos governos federal e estadual, o volume de �gua que est� entrando dos rios nos reservat�rios (8 mil litros por segundo) equivale a 13% da m�dia para o per�odo.
Pelo documento, se consideramos apenas as represas que entram na partilha da �gua entre a Grande S�o Paulo e a regi�o de Campinas o volume de �gua que pode ser usado est� em 16,6% de sua capacidade.
O Cantareira abastece 8,8 milh�es de pessoas na Grande S�o Paulo e ainda 5,5 milh�es de pessoas na regi�o de Campinas.
