Os dados da produ��o industrial de janeiro vieram melhores do que o esperado pela economista Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, mas continuam indicando volatilidade do setor e n�o chegam a anim�-la. Segundo ela, os n�meros foram inflados em grande parte pela produ��o de caminh�es. "Foi um pouco melhor, praticamente em fun��o da produ��o de caminh�es, o que ajudou a inflar bens de capital", afirmou ao Broadcast, servi�o de informa��es da Ag�ncia Estado.
Segundo a economista, o avan�o de 10% da produ��o de bens de capital, na margem, e de 2,5% na compara��o com janeiro de 2013, reflete os est�mulos do governo concedidos � produ��o de caminh�es. "Tamb�m � um reflexo do que ocorreu antes, da queda passada", explicou, ao se referir � retra��o de 3,50% da produ��o industrial em dezembro e que hoje foi revisada para decl�nio de 3,7% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A alta de 2,9% da produ��o industrial, na margem, veio mais intensa do que a esperada pelo Banco ABC Brasil, que previa crescimento de 2,6%. Na compara��o com janeiro de 2013, a queda de 2,4% foi menos expressiva do que o recuo de 3,4% previsto pelo banco. O resultado da produ��o da ind�stria em janeiro em rela��o a dezembro, com ajuste sazonal, ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas na pesquisa do AE Proje��es (de 1,00% a 3,20%, com mediana de 2,50%). O dado no confronto com janeiro de 2013 tamb�m veio conforme o esperado pelo mercado, cujas previs�es eram de baixa de 1,20% a 5,00%, e mediana negativa de 3,40%.
Mariana diz ainda que os efeitos do fim dos incentivos a bens dur�veis j� come�am a ser mais percept�veis. Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo dur�veis subiu 3,8% ante dezembro, mas caiu 5,4% em rela��o a janeiro de 2013. "Na compara��o interanual, trata-se da quarta queda consecutiva. Foi influenciada basicamente pela queda da produ��o de autom�veis e de linha branca", disse.
A economista afirmou que, apesar de os n�meros terem ficado um pouco melhores do que o previsto e a produ��o de bens de capital ter avan�ado, � preciso cautela. "Se a alta em bens de capital fosse disseminada, ficaria feliz, mas a ind�stria segue vol�til. � preciso avaliar os pr�ximos dados da ind�stria. O crescimento dos outros setores n�o chegou a apagar as quedas passadas", concluiu.