Consumo de energia sobe, mesmo com reservat�rios baixos

Rio, 12 - Em meio ao baixo n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas, o Brasil segue contabilizando n�veis recordes no consumo de energia. Nesta quarta-feira, 12, o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) informou que a carga de energia atingiu 69,397 mil MW m�dios em fevereiro deste ano, um crescimento de 7,8% em rela��o � igual m�s de 2013. Incluindo a carga de Manaus (AM), incorporada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em julho de 2013, a expans�o foi de 9,3%, alcan�ando expressivos 70,360 mil MW m�dios de demanda de energia.

O forte crescimento n�o � atribu�do pelo operador a um poss�vel aquecimento da economia brasileira. Na verdade, a expans�o da demanda decorre, sobretudo, por conta do clima. As altas temperaturas deste ver�o t�m impulsionado o uso dos sistemas de refrigera��o, o que se reflete no consumo de energia. Este fator influenciou no consumo das regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Pa�s, que representam 78% da demanda do Pa�s. O maior n�mero de dias �teis em fevereiro de 2014 tamb�m contribuiu para o aumento - em 2013, o carnaval aconteceu em fevereiro, enquanto que, em 2014, ocorreu no come�o de mar�o.

A carga de energia, que inclui o consumo e as perdas t�cnicas do sistema, cresceu em todas as regi�es, especialmente no Sul do Pa�s, onde a expans�o foi de 12%, e no Norte, que teve alta de 28% (incluindo Manaus). Al�m do efeito clim�tico, o forte aumento da demanda nos estados da regi�o Sul se explica pelo bom desempenho da agroind�stria no per�odo, de acordo com a an�lise do operador.

Reservat�rios.

Apesar do forte consumo de energia neste ver�o, os reservat�rios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste est�o dando os primeiro sinais de recupera��o. No dia 11 de mar�o, o n�vel de armazenamento na regi�o era de 35,7%, o que representa um ganho acumulado de 1,1 ponto porcentual ao longo do m�s de mar�o. A situa��o ainda � cr�tica e n�o permite afastar completamente o risco de racionamento de energia. Os reservat�rios do Norte est�o com a situa��o mais confort�vel no momento, operando com 82,7% da capacidade. Por conta disso, a regi�o tem exportado energia para o resto do Pa�s. No dia 11, o Nordeste recebeu 2,525 mil MW m�dios do Norte, e o Sudeste, 2,017 mil MW m�dios, o que tem ajudado a manter o n�vel dos reservat�rios dessas duas regi�es. O Sul ainda enviou 558 MW m�dios para o Sudeste.

A pequena melhora no n�vel dos reservat�rios decorre da recupera��o das chuvas no come�o de mar�o. Ainda assim, a gera��o das termel�tricas tem sido intensa para reduzir a press�o sobre as hidrel�tricas. No dia 11, as t�rmicas convencionais produziram 13,940 mil MW m�dios, o que representou 19,90% da carga de energia. J� as t�rmicas nucleares Angra 1 e 2 ofertaram 1,988 mil MW m�dios, 2,84% da carga.