
Desde 2011, o balan�o anual das empresas de presta��o de servi�os supera as taxas de crescimento do PIB de Minas, apesar do desaquecimento comum verificado nos indicadores, como observa o pesquisador Raimundo Souza Leal, coordenador de contas regionais da Funda��o Jo�o Pinheiro, de Belo Horizonte, que calcula o PIB estadual. O setor cresceu 3,3% em 2011, enquanto a economia de Minas avan�ou 2,8%. Em 2012, o f�lego baixou, com expans�o de 2,6% dos servi�os, ante 2,5% do PIB.
“O setor de servi�os depende do efeito multiplicar da massa de sal�rios (total dos sal�rios pagos) e tamb�m tem correla��o direta com a produ��o industrial. Temos de ficar muito atentos ao seu comportamento”, diz o economista. Al�m de abrigar uma s�rie de atividades, os servi�os representam cerca de 60% do PIB de Minas.
Dinamismo De acordo com levantamento da Funda��o Jo�o Pinheiro relativo ao ano passado, o segmento de transporte exibiu a maior taxa de crescimento, de 3,2%, frente a 2012. No mercado de alugu�is, que sofre menos os efeitos da sazonalidade t�pica do mercado consumidor de produtos e servi�os, houve evolu��o de 3%, mesma m�dia observada em 2012. O economista e consultor Felipe Queiroz lembra que o dinamismo do setor no Brasil, nos �ltimos anos, tem refletido mudan�as estruturais na vida da popula��o, o que garantiu resultados como o de Minas, acima da m�dia de crescimento da economia.
“Houve crescimento dos servi�os financeiros e do com�rcio, como consequ�ncia da melhora de renda dos brasileiros, que mudou o padr�o de consumo e da oferta de cr�dito no pa�s”, diz Queiroz. A ascens�o da classe C criou demanda para uma s�rie de atividades que comp�em o setor de servi�os, dos sal�es de beleza, passando pelos servi�os de alimenta��o e estacionamento aos cinemas. O crescimento das institui��es de ensino superior tamb�m provocou expans�o do mercado imobili�rio, incluindo alugu�is e venda, do transporte e alimentou os servi�os pessoais e o com�rcio em geral.
Para este ano, a expectativa � de recupera��o tanto do desempenho da ind�stria quanto da economia como um todo. Para o economista Felipe Queiroz, a tend�ncia em 2014 � de que o setor de servi�os continue a sustentar a expans�o da economia brasileira e de Minas Gerais. Em lugar da retra��o do cr�dito prevista por alguns analistas do mercado financeiro, ele acredita que o est�mulo ao consumo e � atividade econ�mica dever� permanecer, com uma oferta talvez menor.