Mercado de cr�dito ainda passa por transforma��es

O amadurecimento do mercado brasileiro de cr�dito destinado � inova��o nas empresas requer mudan�as na pr�pria cultura do empr�stimo no pa�s. Na avalia��o de Marcelo Camargo, da Finep, o receio dos empres�rios de se candidatarem a uma linha de financiamento n�o reflete somente a dificuldade de apresentar garantias do empr�stimo. “O Brasil viveu longo per�odo de infla��o muito alta e isso cristalizou na mentalidade dos empreendedores o temor de buscar cr�dito”, afirma.

Quanto � quest�o da garantia nas opera��es de empr�stimo, o chefe do Departamento de Opera��es de Subven��o da Finep est� negociando com o Servi�o de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a possibilidade de uso do fundo de aval da institui��o nos contratos. A experi�ncia foi testada, com bons resultados, em Minas Gerais. Camargo � suplente no conselho do Sebrae nacional.

Jo�o Ant�nio Fleury Teixeira, diretor do BDMG, alerta para a preocupa��o com o modelo de gest�o das empresas e diz que elas t�m de comprovar o ineditismo dos projetos apresentados para obten��o de financiamento ou dos investimentos dos fundos. “Isso vale para os pr�prios fundos, dos quais somos cotistas. Eles t�m de nos convencer do potencial de crescimento da empresa e do retorno que dar�”, afirma. Por meio da subsidi�ria BDMGTec, o banco estadual investiu R$ 29 milh�es na implanta��o de uma f�brica de insulina recombinante da Biomm em Nova Lima, na Grande BH, e outros R$ 16 milh�es no projeto da antiga SIX, f�brica de semicondutores que est� sendo erguida em Ribeir�o das Neves, tamb�m na Regi�o Metropolitana da capital mineira. O grupo argentino Corporaci�n Am�rica adquiriu, este ano, a participa��o de 33,02% da unidade fabril que pertencia ao grupo EBX.