O cancelamento de cerca de 800 voos para as cidades-sede da Copa do Mundo pelas companhias a�reas, que ter�o de se adequar � restri��o do espa�o a�reo no pa�s durante os jogos do torneio esportivo, dever� esquentar a cabe�a dos consumidores que compraram suas passagens para esses destinos com muita anteced�ncia. Apesar de os bilhetes para o Mundial terem come�ado a ser vendidos em junho do ano passado, s� na semana passada o Departamento de Controle do Espa�o A�reo (Decea) divulgou a restri��o a�rea dos aeroportos das cidades que abrigar�o os jogos. Em Belo Horizonte, a zona de exclus�o est� localizada no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, e no terminal da Pampulha, somando seis dias de limita��o.
Segundo estimativa da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), dos 16 mil assentos ofertados nesses v�os, cerca de 7 mil ser�o afetados, j� que nem todos os bilhetes estavam vendidos e a capacidade das aeronaves varia entre as empresas. A entidade afirma que os passageiros com bilhete j� adquirido para os voos cancelados ter�o seus direitos garantidos e est�o sendo contatados pelas empresas a�reas para serem informados sobre a altera��o de hor�rio e reacomoda��o, que ocorrer� sem custos adicionais, ou para o ressarcimento integral dos valores pagos, em caso de desist�ncia da viagem. A defasagem entre o in�cio da comercializa��o das passagens e defini��o da restri��o do governo, por�m, tem uma medida certa – oito meses – e pode trazer transtornos aos consumidores.
Segundo a Abear, a reacomoda��o dos passageiros e a restri��o dos voos estavam em pauta junto ao desenho da malha a�rea desde o in�cio do ano, mas s� na semana passada o setor teve informa��o exata da extens�o dos impactos das restri��es �s opera��es. “Os bilhetes estavam dispon�veis no sistema porque s�o referentes � malha a�rea original, j� que as vendas de passagens ocorrem a partir de 12 meses de anteced�ncia da data do voo”, diz a entidade. “A restri��o est� sendo publicada com aproximadamente 90 dias de anteced�ncia em rela��o aos embarques, tempo suficiente para a reprograma��o de voos e reacomoda��o de passageiros”, afirma Ronaldo Jenkins, diretor de Opera��es e Seguran�a de voo da entidade.
A Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) informou que , caso o voo ofertado n�o atenda as necessidades do passageiro, “a empresa deve prover o reembolso de acordo com a forma de pagamento utilizada na compra da passagem. A devolu��o dos valores j� quitados e recebidos pela empresa a�rea dever� ser imediata”. Ainda segundo a ag�ncia, se o bilhete foi financiado no cart�o de cr�dito e tem parcelas a vencer, o reembolso obedecer� �s regras da administradora do cart�o. “As provid�ncias para o reembolso devem ser imediatas", assegura a Anac.
PROGRAMA��O
A restri��o a�rea nos aeroportos de Confins e da Pampulha ocorrer� no dias 14, 17, 21 e 24 de junho, com in�cio ao meio-dia e t�rmino �s 16h. No dia 28 de junho, come�ar� �s 13h e se encerrar� �s 17h. J� em 8 de julho ser� das 16h �s 21h. Os espa�os a�reos de Bras�lia, Cuiab�, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e S�o Paulo tamb�m sofrer�o restri��es.