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Estado de Minas

Alta no pre�o dos alimentos compromete meta da infla��o


postado em 20/03/2014 08:01

S�o Paulo, 20 - A disparada dos pre�os dos alimentos aumentou o risco de que o teto da meta de infla��o, de 6,5%, acumulada em 12 meses, seja rompido j� no segundo trimestre. Antes de contabilizar os estragos provocados pela seca nas regi�es produtoras de alimentos, economistas consideravam que essa barreira seria ultrapassada, mas s� em meados do ano.

O risco de antecipar o estouro da meta para os pr�ximos meses ficou mais n�tido na quarta-feira, 19, ap�s a divulga��o de dois importantes �ndices de pre�os. A segunda pr�via do IGP-M de mar�o registrou infla��o de 1,41%, resultado quase seis vezes maior do que o obtido na segunda pr�via de fevereiro (0,24%). O �ndice foi puxado pela disparada dos alimentos no atacado.

Tamb�m o alimento foi o vil�o da infla��o ao consumidor medida pelo IPC da Fipe. Na segunda quadrissemana deste m�s, o �ndice subiu 0,68% e a alta do pre�o da comida respondeu pela metade da varia��o.

�O teto da meta de infla��o pode ser rompido antes do final da Copa�, afirma o diretor de pesquisa da GO Associados, Fabio Silveira. Antes de conhecer os resultados do IGP-M e do IPC da Fipe, ele projetava que a infla��o em 12 meses, medida pelo IPCA, atingiria 6,8% em julho.

Newton Rosa, economista-chefe da SulAm�rica Investimentos, faz coro com Silveira e aponta alguns fatores que sustentam essa previs�o. �O IPCA deste m�s apurado pela FGV mostra que, na ponta, a infla��o ao consumidor est� em 0,8%, em m�dia, e nos �ltimos tr�s dias bateu 1%.� Por isso, ele acredita ser mais prov�vel a antecipa��o do rompimento da meta.

Ontem, por exemplo, o departamento econ�mico do Ita� Unibanco reviu para cima a proje��o de infla��o para este m�s, de 0,7% para 0,8%. �Os dados na margem est�o vindo mais pressionados�, diz o economista do banco, Elson Teles. Entre os focos de press�o apontados para a mudan�a de previs�o est�o a alta do pre�o do etanol e da gasolina e os alimentos.

�A infla��o dos alimentos est� pegando agora e tamb�m vai pegar no segundo semestre. E n�o s� no Brasil�, diz o economista-chefe do banco J. Safra, Carlos Kawall. No seu progn�stico, o alimento vai deixar de ajudar a infla��o neste ano.

Esse foi um dos motivos pelos quais ele ampliou de 6% para 6,3% a proje��o do IPCA para 2014. Assim como Silveira e Rosa, Kawall diz que o limite para o estouro do teto da meta da infla��o acumulada em 12 meses ficou mais t�nue. Ele projeta para julho um IPCA acumulado em 12 meses de 6,66% e para junho de 6,4%. �Mas isso pode ser antecipado�, adverte.

Risco

O economista Heron do Carmo, professor da Universidade de S�o Paulo e um dos maiores especialistas em infla��o, v� riscos maiores desencadeados pelo choque nos pre�os dos alimentos.

�Agora, � mais prov�vel que a infla��o supere o teto da meta este ano com uma diferen�a maior�, afirma. Isso significa que, nas suas contas, a infla��o dever� fechar 2014 bem acima de 6,5%. Al�m dos alimentos, o economista diz que h� press�es fortes que afetam de forma quase generalizada v�rios grupos de pre�os, como os servi�os e os pre�os administrados e de bens export�veis, que sofrem a influ�ncia da alta do c�mbio, dentro do IPCA.

Nos medicamentos, j� existe um reajuste autorizado, em m�dia de 3,5%, que come�a a valer a partir do dia 31 de mar�o. Segundo o diretor da Associa��o Brasileira do Com�rcio Farmac�utico (ABCFarma), Renato Tamarozzi, o impacto ser� sentido pelo consumidor em abril. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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