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Estado de Minas

Cemig quer reajuste de 29,7% na conta e consumidor pode pagar mais caro em abril

Reajuste pleiteado pela empresa na Aneel � 10 vezes maior do que �ltimo pedido feito � ag�ncia


postado em 26/03/2014 06:00 / atualizado em 26/03/2014 08:31

A conta de energia dos mineiros poder� aumentar 29,74% a partir de 8 de abril. Esse foi o percentual de reajuste pleiteado nessa ter�a-feira pela Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) junto � Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel). Se aceito pelo �rg�o regulador, sozinha, a corre��o na conta de luz poder� representar uma eleva��o de 0,8 ponto percentual na infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) na Grande BH em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). S� para comparar, o IPCA-15 deste m�s, que mediu os pre�os coletados entre 14 de fevereiro e 14 de mar�o, ficou em 0,67%, percentual inferior ao impacto do pedido de aumento da conta de luz feito pela estatal mineira. Procurada, a Cemig informou que n�o falaria sobre o assunto.

Uma an�lise das contas apresentadas � Aneel pela Cemig, obtida pelo Estado de Minas, mostra que o pedido enviado ao �rg�o regulador est� apoiado no elevado valor dos componentes financeiros registrados pela empresa, que ficou em R$ 850 milh�es de abril do ano passado para c�. Esse valor reflete a diferen�a entre a previs�o de custos feita pela ag�ncia reguladora em 2013 e os custos que realmente foram verificados pela companhia no per�odo. Desse total, 65,8% – ou R$ 560 milh�es – s�o provenientes da aquisi��o de energia das termel�tricas, que operaram muito acima do previsto. � essa conta que agora precisa ser paga.

“Isso quer dizer que, se aceito o pleito, ter�amos um aumento na energia do consumidor cativo de aproximadamente R$ 18/MWh somente por conta da diferen�a entre o custo previsto e o verificado de abril de 2013 a mar�o de 2014”, informa o documento. De acordo com Walter Froes, diretor da CMU Comercializadora de Energia, de 8 de abril de 2013 a este m�s, a gera��o t�rmica custou R$ 10 bilh�es ao pa�s. Ele lembra que somente nos tr�s primeiros meses de 2014 outros R$ 22 bilh�es j� pesaram nessa fatura.

S� para comparar, em 2012, data do �ltimo reajuste pleiteado pela Cemig � Aneel, o �ndice apresentado pela concession�ria mineira foi dez vezes menor do que pedido ontem. Naquele ano, a ag�ncia autorizou uma reajuste de 3,88% para os consumidores residenciais e de 3,79% para os industriais. Em 2013 houve uma revis�o tarif�ria, que ocorre de quatro em quatro anos, com o objetivo de preservar o equil�brio econ�mico-financeiro da concess�o. Nesse caso, a proposta de corre��o � feita pela pr�pria Aneel e submetida a audi�ncia p�blica. Assim, a conta de luz dos consumidores residenciais subiu 4,99% e a dos industriais caiu, em m�dia, 4,83%.

Segundo a Comerc Energia, a gera��o t�rmica cresceu 20% em 2014. A compara��o leva em conta o valor m�ximo despachado em um m�s em 2014 (15.747 MW m�dios em fevereiro) com o maior despacho de um m�s em 2013 (13.221 MW m�dios em junho). “A eleva��o se deu em fun��o do per�odo �mido com menor quantidade de chuva acumulada e das vaz�es abaixo da m�dia hist�rica em todas as regi�es do Brasil, com exce��o do Norte”, diz a empresa. A maior gera��o das termel�tricas, combinada com a exposi��o involunt�ria das distribuidoras, deixou essas empresas descontratadas e expostas aos pre�os de mercado do curto prazo, o que tamb�m elevou o seu custo operacional.

Revis�o

A aneel revisou ontem a defini��o da Base de Remunera��o da Cemig Distribui��o para o terceiro ciclo de revis�es tarif�rias. A base bruta passou de R$ 14,9 bilh�es para a R$15,7 bilh�es e a l�quida de R$ 5,1 bilh�es para R$ 5,8 bilh�es. A medida traz um impacto de 0,6 ponto percentual no reajuste tarif�rio de abril desse ano.


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