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Estado de Minas

Turista LGBT gerou 30% da receita do Rio de Janeiro no carnaval


postado em 02/04/2014 19:47

Com um impacto econ�mico direto de R$ 461 milh�es, os turistas LGBT responderam por 30,75% da receita do Rio de Janeiro com turismo no carnaval, apesar de serem apenas 15% do p�blico que visitou a cidade, de acordo com pesquisa da Riotur, divulgada hoje (3). O levantamento foi feito pela primeira vez neste ano, e contou com a colabora��o da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, do munic�pio, e do Observat�rio de Turismo, da Universidade Federal Fluminense.

Enquanto o turista m�dio gastou R$ 198 por dia na cidade, os turistas homossexuais e bissexuais brasileiros deixaram R$ 302,10, e os estrangeiros R$ 548,82 - 270% a mais que a m�dia do p�blico geral. Al�m de consumirem mais, os LGBT tamb�m ficaram mais dias: enquanto o turista teve perman�ncia m�dia de sete dias, os gays brasileiros ficaram 9,4 dias e os LGBT estrangeiros 12,4 dias.

"O p�blico gay viaja mais e gasta mais, e por isso � t�o disputado por v�rias cidades do mundo. Uma das coisas que a pesquisa deixa bem claro � que o Rio est� consolidado como um destino LGBT internacional. Estamos entre as cinco cidades que mais recebem esse tipo de turismo, junto com Tel Aviv, Londres, Nova York e Berlim, com uma caracter�stica bem peculiar, de sermos uma cidade com praia, floresta e lagoa no per�metro urbano de uma metr�pole. Esse estilo de vida t�pico da cidade, o jeito carioca, agrada o turista, e mais ainda o turista gay", disse o coordenador de Diversidade Sexual da prefeitura, Carlos Tufvesson.

Entre os dados mais expressivos da pesquisa est� justamente a reincid�ncia dos turistas LGBT: 45,6% j� tinham visitado a cidade pelo menos dez vezes, enquanto apenas 12,5% estavam no Rio pela primeira vez. Os motivos que levaram os turistas a escolher o Rio foram principalmente a recomenda��o de amigos e familiares (46,1%) e a cren�a de que a cidade � um destino amig�vel para os LGBT (42,8%).

"� um paradoxo com o quadro de aumento dos crimes de �dio no Brasil, n�o s� contra gays, mas contra as mulheres e todas as minorias. O turista tem uma percep��o diferente. A reclama��o deles � principalmente pela falta de sinaliza��o bil�ngue", diz o coordenador.

A Riotur menciona tamb�m um dado da Pesquisa Mosaico/USP, que estima em 137.700 o n�mero de turistas LGBT na cidade, com m�dia de idade de 26 anos e renda m�dia de 8,7 sal�rios m�nimos. O turista LGBT � principalmente homem (85,8%), brasileiro (84,2%) e com n�vel superior (86,3%). Entre os nacionais, 32,7% eram de S�o Paulo; 19,2%, de Minas Gerais; e 13,5%, do interior do estado do Rio. Os estrangeiros vieram principalmente de pa�ses desenvolvidos ocidentais: 20,4% dos Estados Unidos, 10,2% da Inglaterra, 7,4% do Canad�, 6,5% da Alemanha e 5,6% da Fran�a. Entre os latino americanos, os mais numerosos foram da Argentina (5,6%), do M�xico (4,6%) e do Chile (3,7%).

Os gays se hospedaram, principalmente, em casas de amigos e parentes (45,8%) e em casas ou apartamentos alugados (23,8%). Apenas 16,3% ficaram em hot�is e 5,5%, em albergues.

Em uma nota de zero a cinco, a avalia��o deles sobre a cidade foi de 3,9, sendo meios de hospedagem (4,25) e hospitalidade (4,21). As piores notas ficaram para os altos pre�os do Rio (2,3) e para a limpeza urbana (2,44), que durante o carnaval sofreu o impacto da greve dos garis por melhores sal�rios e condi��es de trabalho.

Ap�s a divulga��o da pesquisa, a Federa��o do Com�rcio do Estado do Rio de Janeiro (Fecom�rcio) pediu que outra apresenta��o fosse feita a comerciantes da cidade. Para Tufvesson, a iniciativa privada ainda precisa reconhecer o potencial do p�blico LGBT: "� um turista que gasta bastante e que vem ao Rio com frequ�ncia, mas os empres�rios ainda n�o t�m o menor conhecimento disso. Sou contra a guetiza��o, que � fazer bares, boates e restaurantes gays. � fundamental que qualquer estabelecimento do Rio seja frequent�vel por qualquer cidad�o. J� realizamos a capacita��o do Programa Rio Sem Preconceito, e a lei prev� at� a perda definitiva de alvar� em caso de discrimina��o. Quem atender bem ao cidad�o, vai atender bem ao gay. � preciso trabalhar o direito humano de forma plena".


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