S�o Paulo, 03 - O consumidor est� evitando comprar a prazo neste in�cio de ano. O n�mero de fam�lias paulistanas endividadas no m�s passado recuou para o menor n�vel em 15 meses. Em mar�o, 1.736.611 fam�lias tinham d�vidas, um n�mero 4,8% menor em rela��o a fevereiro e 6,9% abaixo do mesmo m�s do ano passado. Menor endividamento s� foi registrado em dezembro de 2012, quando 1.659.225 fam�lias tinham d�vidas, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimpl�ncia (Peic) da Federa��o do Com�rcio do Estado de S�o Paulo (Fecomercio-SP).
"Passado o Natal, normalmente o endividamento diminui", afirma o assessor econ�mico da Fecomercio-SP, F�bio Pina. Mas ele observa que neste ano esse recuo foi maior do que o esperado. Para o economista, o consumidor est� colocando o p� no freio das compras a prazo porque est� menos confiante no futuro, o que j� vem sendo apontado pelos �ndices de confian�a divulgados.
Esse mau humor, segundo o economista, est� respaldado no avan�o da infla��o, na corros�o da renda e na desconfian�a em rela��o ao emprego nos pr�ximos meses. Pesquisa do Dieese mostra que, em 2013, um menor n�mero de categorias profissionais teve reajuste de sal�rio acima da infla��o e ainda esse ganho real ficou abaixo do obtido nos �ltimos anos.
A maior cautela para se endividar ocorre principalmente entre as fam�lias com renda maior, que normalmente s�o as que det�m mais informa��es sobre a conjuntura econ�mica.
De acordo com o economista, a perspectiva do mercado de trabalho � o term�metro usado pelas fam�lias para assumirem novas d�vidas. E hoje existe uma desconfian�a maior em rela��o �s condi��es do mercado de trabalho nos pr�ximos meses. "H� uma piora nas condi��es do emprego e elas ser�o mais severas daqui para frente", afirma o economista.
Luz amarela
Apesar do n�mero de fam�lias endividadas ter diminu�do, cresceu de fevereiro para mar�o a parcela daquelas que acreditam que n�o v�o quitar os compromissos em dia. Em fevereiro, 126,475 fam�lias estavam nessa condi��o, Em mar�o eram 182.443.
"Esse aumento n�o significa que haver� uma explos�o da inadimpl�ncia, mas � um sinal amarelo", diz Pina. Na avalia��o do economista, a inadimpl�ncia m�dia deste ano deve beirar 7,5%, ante 7,2% em 2013. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.