O n�vel de �gua do Sistema Cantareira caiu novamente e agora est� em 8,4% da capacidade de armazenamento, de acordo com dados da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp). Segundo a Ag�ncia Nacional de �gua (ANA), a �gua do reservat�rio deve durar, pelo menos, at� novembro, j� contabilizando a utiliza��o do volume e a reserva t�cnica, que n�o tem previs�o de uso, de 50 bilh�es de litros. As obras que possibilitam o uso dessa reserva, o chamado volume morto, terminam amanh�.
Representantes da ANA e do Departamento de �guas e Energia El�trica de S�o Paulo (Daee) estiveram ontem em Campinas em reuni�es com prefeitos, companhias de abastecimento e usu�rios de recursos h�dricos nas �reas de influ�ncia do Cantareira. O objetivo � reunir relatos dos diversos setores que sirvam de subs�dio para avaliar a estiagem e sugerir medidas que diminuam o impacto.
Na sexta-feira, o Grupo T�cnico de Assessoramento para gest�o do Sistema Cantareira (Gtag – Cantareira), formado por representantes da ag�ncia reguladora e do departamento, vai se reunir para avaliar a vaz�o afluente (volume de �gua que entra no reservat�rio) e o que est� sendo demandado pelos usu�rios. A avalia��o t�cnica resulta em sugest�es para os gestores que adotam medidas para mitigar a falta de recursos h�dricos.
As �ltimas an�lises e simula��es da ANA apontam que a �gua que est� entrando no Cantareira corresponde a 60% da vaz�o afluente m�nima hist�rica. Se esse padr�o for mantido, em setembro, por exemplo, devem entrar 6 metros c�bicos por segundo (m³/s). Por outro lado, caso a estimativa de consumo para setembro permane�a em 28 m³/s, ser� preciso realocar as prioridades no abastecimento entre as duas regi�es atendidas pelo Cantareira. Al�m disso, ser� necess�rio liberar a �gua em fun��o do que entra no sistema.
As duas regi�es atendidas pelo Cantareira s�o o Cons�rcio das Bacias do PCJ, que inclui os rios Piracicaba, Capivari e Jundia�, e a regi�o metropolitana de S�o Paulo. Para usar a �gua no volume morto, que s�o reservas abaixo do n�vel das comportas, est� sendo necess�rio construir dois canais de 3,5 quil�metros e instalar 17 bombas, que envolvem um investimento de R$ 80 milh�es. Segundo a Sabesp, o total de �gua abaixo do n�vel das comportas chega a 300 bilh�es de litros, mas ser�o disponibilizados, neste momento, 200 bilh�es. Esse volume � suficiente para abastecer os moradores da regi�o metropolitana por quatro meses.
O Sistema Cantareira � o maior do estado e abastece cerca de 9 milh�es de pessoas na regi�o metropolitana de S�o Paulo. A situa��o do reservat�rio � a pior desde que ele foi criado na d�cada de 1970.