
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ironizou, durante audi�ncia em duas comiss�es da C�mara dos Deputados, a decis�o da ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil em mar�o. Ao falar � Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle e � Comiss�o de Finan�as e Tributa��o, ele destacou que, mesmo com o an�ncio, o efeito da mudan�a ao mercado financeiro foi nulo.
“O rebaixamento foi nulo em rela��o aos mercados. N�o aconteceu nada e houve valoriza��o do real. [O rebaixamento] foi solenemente ignorado. Garanto que vamos cumprir 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), ao contr�rio do que pensa a Standard & Poor's. Ningu�m mais lembra dessa classifica��o que n�o teve nenhuma import�ncia para a economia brasileira”, disse. Mantega foi convidado �s comiss�es para falar sobre a aquisi��o, pela Petrobras, da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; os rumos da pol�tica econ�mica do governo e o rebaixamento da nota do pa�s pela ag�ncia de classifica��o de risco.
Segundo Mantega, ao contr�rio do que muitos pensam, a economia brasileira est� s�lida e o governo tem reduzindo o endividamento. Para ele, houve uma redu��o na arrecada��o, mas como necessidade de uma pol�tica antic�clica para combater a crise: “O Brasil realiza um dos maiores super�vits prim�rios do mundo e nossa d�vida l�quida vem caindo ao longo dos anos. Trabalharemos para que isso continue acontecendo no futuro”.
No entender do ministro, t�o importante quanto manter o controle fiscal � manter a infla��o sob controle. Ele citou que nos �ltimos anos houve press�o adicional nos pre�os devido � seca nos Estados Unidos, que elevou o valor de gr�os, al�m da seca em outros pa�ses, que se somaram � desvaloriza��o do real.
“N�o tivesse havido a desvaloriza��o do real, n�s ter�amos uma infla��o menor. Mesmo assim n�s podemos ver que a infla��o est� sob controle e n�o ultrapassar� os limites. E, mesmo com a press�o em mar�o, est� em queda”.
Mantega avalia que os efeitos da sazonalidade do fim e in�cio do ano, que fizeram press�o nos pre�os dos hortifrutigranjeiros, est�o sendo reduzidos. “Estamos em uma trajet�ria de queda da infla��o. � importante destacar que a for�a din�mica da economia est� nos investimentos”.
Sobre a Petrobras, Mantega evitou falar no caso Pasadena, mas destacou o plano de neg�cios da Petrobras de mais de US$ 230 bilh�es que, segundo ele, � um dos maiores do mundo. “Isso mostra como vem sendo tratada a receita da empresa. O faturamento foi expressivo, chegou a R$ 300 bilh�es, mas a produ��o de petr�leo e derivados aumentar�. Vamos aumentar o faturamento da empresa e ter uma produ��o cada vez maior”.