A Receita Federal e a Pol�cia Federal promovem hoje (22) a Opera��o Sustenido, que visa a desmontar uma organiza��o criminosa que faz, h� mais de tr�s anos, a��es ilegais de c�mbio em Foz do Igua�u, no Paran�, e no Paraguai. O grupo age por meio de compensa��es internacionais, atendendo a clientes envolvidos em descaminho, contrabando, sequestro e tr�fico de drogas.
De acordo com a Receita, verificou-se que contas banc�rias de dezenas de empresas “laranjas” serviam para acatar dep�sitos de valores desses clientes, espalhados pelo Brasil, interessados em pagar fornecedores no exterior ou simplesmente depositar ilegalmente valores fora do Brasil. Al�m disso, valores expressivos eram sacados, em esp�cie, dessas contas laranjas e serviam imediatamente para quita��o de duplicatas ou boletos de cobran�a em que empresas exportadoras brasileiras, estabelecidas em Foz do Igua�u, figuravam como devedoras. O grupo movimentou mais de R$ 300 milh�es desde 2011.
Como compensa��o dessas quita��es, exportadoras brasileiras, part�cipes do esquema investigado, ordenavam que suas coligadas no Paraguai transferissem valores, em moeda estrangeira, para casas de c�mbio estabelecidas em Ciudad Del Este, cujos respons�veis faziam os repasses de pagamentos ou as remessas indicadas pelos clientes brasileiros do esquema investigado.
O governo brasileiro apura se h� envolvimento de gerentes e empregados de institui��es financeiras nacionais para acobertar as atividades il�citas, al�m de dezenas de pessoas f�sicas que, em troca de uma remunera��o, conscientemente, emprestaram seus nomes para constitui��o de 46 empresas fantasmas ou de fachada.
O nome da opera��o, destacou a Receita, � uma refer�ncia � teoria musical, visto que o Sustenido � uma nota intermedi�ria entre duas notas e, assim como o sustenido, a organiza��o criminosa desarticulada representava um grupo intermedi�rio, mais precisamente um elo entre o restante do Brasil e o Paraguai.