S�o Paulo, 27 - A infla��o de alimentos no varejo paulistano sinaliza que pode seguir trajet�ria ascendente pelo menos at� o final deste m�s, segundo o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), Rafael Costa Lima. O grupo Alimenta��o, que iniciou maio em desacelera��o de 0,88% (ante 1,23% no fechamento de abril), ficou em 0,87% na segunda quadrissemana e voltou a acelerar na terceira (�ltimos 30 dias terminados na sexta-feira, dia 23), para 0,90%.
"Os produtos in natura come�aram o m�s com queda, mas diminu�ram o ritmo de baixa. A alta dos industrializados ainda se mant�m. Apenas a dos semielaborados est� perdendo �mpeto. Mas s�o os industrializados que praticamente est�o segurando a infla��o, pois t�m peso expressivo", avaliou, acrescentando que o subgrupo tem participa��o de 10,9% no IPC, quase a soma do peso dos in natura (3,29%) e dos semielaborados (5,9%). A previs�o da Fipe � de uma varia��o de 0,95% para o grupo Alimenta��o no fim de maio, ante 1,23% em abril. Para o IPC, a expectativa � de 0,35%, ante 0,53% no m�s passado.
De acordo com a Fipe, os alimentos industrializados avan�aram de 1,26% para 1,42%, da segunda para a terceira leitura de maio. Costa Lima ressaltou que a maioria dos produtos que integra o subgrupo subiu neste levantamento. Ele citou como exemplo a alta dos derivados da carne (de 1,92% para 2,25%) e o aumento registrado em panificados (de 1,18% para 1,91%). "Os derivados do leite desaceleraram, mas est�o com taxa elevada (de 1,87% para 1,34%)", disse. Segundo Costa Lima, os pre�os dos alimentos industrializados est�o demorando mais para reagir ao al�vio das mat�rias primas no atacado recentemente.
J� os alimentos in natura, que foram os primeiros a sentir os efeitos da defla��o no atacado agr�cola, d�o ind�cios de que o per�odo de pre�os mais baixos no �mbito do IPC-Fipe est� terminando. De acordo com o instituto, os itens in natura registraram queda de 0,66% na terceira quadrissemana do m�s, ap�s recuo de 1,64%. "Diminu�ram a queda. Est�o voltando para mais pr�ximos da estabilidade. As frutas est�o reduzindo a velocidade de baixa (de 1,20% para 1,91%) e os legumes inverteram o sinal (de recuo de 2,65% para alta de 3,33%) - uma cortesia do tomate, que est� subindo 14,78% (de 1,21%)", explicou.
Os alimentos semielaborados, por sua vez, tiveram infla��o de 0,93% na terceira leitura do m�s, depois de 1,54% na segunda. O subgrupo ainda � o �nico a trazer perspectivas ben�ficas para a infla��o do paulistano. Um dos destaques dos semielaborados, disse Costa Lima, foi a defla��o das carnes bovinas, de 0,05%, e a alta de apenas 0,11% das carnes su�nas. "Os pre�os dos leites � que ainda se mant�m em n�vel elevado (3,26%)", disse. Alimenta��o fora do Domic�lio tamb�m desacelerou no per�odo, para 0,71% (ante 0,94%). Segundo Costa Lima, a tend�ncia � que os alimentos in natura sigam diminuindo o ritmo de queda, os industrializados ainda apresentem altas fortes e os semielaborados praticamente zerando a taxa", finalizou.