Bras�lia, 30 - Na tentativa de estimular a venda de ve�culos novos no Pa�s, o governo negocia com um grupo de grandes bancos de varejo e de institui��es financeiras ligadas a montadoras de autom�veis a estrutura��o de um fundo de investimento em direitos credit�rios (FIDC) no valor de R$ 5 bilh�es. O objetivo � alavancar a concess�o de cr�dito para dinamizar um mercado que tem encolhido nos �ltimos meses.
A costura entre governo e setor financeiro prev�, segundo apurou o jornal o Estado de S. Paulo, o uso do novo fundo na compra de parte da carteira de cr�dito dos bancos de montadoras pelos bancos de varejo. Isso ajudaria a diversificar as fontes de recursos, refor�aria o capital de giro e reduziria as taxas de juros na capta��o do dinheiro pelos bancos de montadoras. No fim, a medida facilitaria o financiamento de ve�culos a juros mais baixos.
Pelo desenho preliminar, haveria a compra de 90% das cotas do novo FIDC pelos bancos de varejo. O restante ficaria com os bancos de montadoras. Isso limitaria as "perdas" dessas institui��es financeiras ao teto de 10% de sua participa��o no fundo.
A cria��o do fundo ainda depende de um sinal verde do Banco Central para a libera��o de parte dos dep�sitos compuls�rios a prazo mantidos de forma obrigat�ria pelos bancos na conta da autoridade monet�ria. A medida tem implica��es para a pol�tica monet�ria conduzida pelo BC, pois estimula a demanda agregada por meio da amplia��o do cr�dito.
Na crise global financeira de 2008, o governo liberou uma fatia dos dep�sitos compuls�rios para incentivar a compra das carteiras de cr�dito de bancos de pequeno porte por institui��es com maior poder de fogo.
Baixo risco
Sob a �tica do investidor, o fundo significaria diversifica��o de investimentos, retorno elevado e baixo risco.
O desenho desse tipo de FIDC prev� a cess�o, pelos bancos, dos direitos sobre os chamados receb�veis, como contratos e financiamentos, vinculados �s suas vendas para elevar a capta��o de dinheiro mais barato no mercado.
O FIDC em estudo teria dois tipos de cotas. A classe s�nior e as chamadas cotas subordinadas, uma esp�cie de garantia ou "colateral" feitos, nesse caso, pelos bancos de montadoras para ter um colch�o contra eventuais inadimpl�ncias.
A engenharia financeira prev�, ainda, o mecanismo de "first loss", onde haver� um limite para perdas com esse tipo de transa��o. Assim, os ativos do FIDC ficariam livres de contamina��o por eventual inadimpl�ncia. Os chamados cotistas seniores do FIDC teriam garantida a rentabilidade negociada na emiss�o das cotas. "Assim, fixamos um grau m�ximo de perda, levamos a eventual inadimpl�ncia para o fundo e a segregamos do restante da carteira", diz uma fonte graduada do governo. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.