Chance de um PIB positivo em 2014 diminuiu, diz Besi

S�o Paulo, 30 - O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 0,20% no primeiro trimestre deste ano em rela��o ao quarto trimestre de 2013, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), confirma a percep��o geral de atividade fraca neste in�cio de ano e aumenta a probabilidade de um desempenho fraco em 2014, na avalia��o do economista-s�nior do Esp�rito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Fl�vio Serrano. "Com base nesse resultado e como n�o se observa uma possibilidade de altera��o significativa nesse quadro, a chance de um n�mero positivo do PIB de 2014 est� diminuindo", afirmou.

A proje��o do Besi era para um PIB de 0,3% no trimestre. Para o ano, o economista tra�ava um cen�rio de 2% de crescimento, com vi�s de baixa. "Sab�amos que o dado de hoje deveria ser fraco e est�vamos s� esperando a confirma��o para revisar para baixo", disse. Segundo Serrano, a nova estimativa do PIB de 2014 deve ficar entre 1,5% e 1,7%. "Para chegarmos a esses 2% iniciais precisar�amos crescer 0,6% na margem, � um ritmo muito forte que n�o temos visto nesses �ltimos anos", justifica.

Na an�lise dos dados, Serrano destaca a desacelera��o do consumo das fam�lias e seu impacto no setor de servi�os. "Fazia tempo que n�o se via um consumo negativo", afirma. "A economia j� estava crescendo pouco pelo lado da oferta, por causa dos diversos gargalos existentes, mas havia uma sustenta��o pelo lado da demanda, que agora n�o aconteceu", disse.

De acordo com o economista, o contraponto para a desacelera��o da oferta e da demanda � o crescimento dos gastos do governo, que tiveram alta de 0,7%. "Ainda assim, a demanda agregada caiu, indicando justamente uma fragilidade", afirma. "O governo vai continuar gastando, mas a conjuntura n�o deve ter altera��es e a din�mica no PIB deve se manter nesse patamar baixo", refor�ou.