Competi��o no ensino a dist�ncia tende a crescer

S�o Paulo, 08 - Al�m de poss�veis altera��es nas regras do Fies, deve ficar para o pr�ximo governo a tarefa de revisar algumas normas do ensino a dist�ncia (EAD). Espera-se a flexibiliza��o de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos. O diretor da Associa��o Brasileira de Educa��o a Dist�ncia (Abed), Calos Longo, afirma que h� planos de apresenta��o no Minist�rio da Educa��o de um novo marco regulat�rio para a modalidade, mas a expectativa � que o tema s� avance ap�s as elei��es. Entre as discuss�es, a possibilidade de utiliza��o de bibliotecas virtuais e novas tecnologias.

As novas normas, diz Longo, poderiam acelerar a aprova��o pelo minist�rio de novos polos de ensino a dist�ncia, que s�o espa�os de apoio presencial frequentados pelos alunos para parte das aulas ou para realiza��o de provas. Com bibliotecas virtuais, por exemplo, cairia a necessidade de fiscais do Minist�rio da Educa��o visitarem cada polo para verificar o acervo das institui��es antes da inaugura��o das unidades.

Por tr�s desse debate, est� a constata��o de que o ensino a dist�ncia � um mercado bastante menos pulverizado que a gradua��o presencial. Durante o julgamento da fus�o de Kroton e Anhanguera no Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), este foi um dos principais temas abordados pela relatora do caso, a conselheira Ana Fraz�o.

"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo gradativo, como tem sido o caso", comentaram em relat�rio os analistas do Santander Bruno Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias conseguiram o credenciamento, com 162 novos polos em opera��o, uma m�dia de 6,2 polos por institui��o de ensino superior (IES).

Empresas que j� atuam no segmento e que solicitaram expans�o n�o foram contempladas ainda. "Hoje h� uma abertura maior para inaugura��o de novos polos, mas para o setor estes ainda s�o passos de tartaruga", acredita Edman Altheman, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco.

O cen�rio come�a a se tornar mais competitivo com a chegada de novas companhias. O grupo Ser Educacional e a Universidade Positivo iniciaram no primeiro trimestre de 2014 a oferta de cursos a dist�ncia enquanto o Anima Educa��o informou ter passado pela �ltima fase de aprova��o do seu EAD. A FMU, rec�m comprada pela americana Laureate, � outra que espera se expandir no segmento enquanto a Cruzeiro do Sul quer sair dos 80 polos atuais e abrir 264 novos. "N�s teremos num intervalo de um a dois anos o dobro da quantidade de operadores disputando alunos", comenta o consultor da Hoper Educa��o, Jo�o Vianney.

Em resposta, as l�deres Kroton e Anhanguera tamb�m t�m planos para expans�o enquanto chegam as etapas finais da fus�o entre elas. O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, j� afirmou que considera poss�vel que at� o segundo semestre de 2015 estejam funcionando 225 novos polos da companhia. A Anhanguera tamb�m aguarda aprova��o do Minist�rio da Educa��o para abrir 223 polos novos.