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Estado de Minas

Pre�os agropecu�rios derrubam IGPs at� julho


postado em 15/06/2014 19:19

S�o Paulo, 15 - A defla��o dos pre�os no atacado, principalmente dos agropecu�rios, tem surpreendido os economistas do mercado financeiro, dado que suas previs�es t�m ficado acima dos resultados dos �ndices Gerais de Pre�os (IGPs) divulgados recentemente. Profissionais consultados pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, al�m de darem como certa uma nova defla��o para os IGPs em junho, acreditam que o f�lego de queda pode se estender at� julho pelo menos.

Ap�s fechar maio em queda de 0,13%, a taxa mais baixa desde junho de 2011, o IGP-M tem tudo para se manter no terreno negativo este m�s, tanto na vis�o do mercado quanto na do pr�prio superintendente adjunto de Infla��o da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Salom�o Quadros. Ao comentar o recuo de 0,64% da primeira pr�via do IGP-M deste m�s, ele disse que as chances de o indicador fechar junho com uma taxa negativa s�o grandes, mas com uma defla��o menor. Na pesquisa AE Proje��es, o piso das estimativas para o resultado da primeira pr�via era de recuo de 0,59%.

Dentro do IGP-M, tanto os pre�os industriais quanto os agropecu�rios t�m vindo em queda, assegurando a perman�ncia do �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) no terreno negativo (-1,32% no primeiro dec�ndio). Mas o ritmo da defla��o dos pre�os agr�colas, de 3,09%, foi o que mais surpreendeu, sendo bastante espalhada dentro desse segmento, com destaque para os in natura e gr�os, como caf� e milho. Nos itens industriais, o movimento � liderado pelo min�rio de ferro. Na primeira pr�via de junho, o IPA Industrial caiu 0,63%.

"O IGP tem surpreendido para baixo, principalmente o IPA agr�cola. Nossa expectativa agora � de forte queda nos IGPs no m�s de junho, perdendo o f�lego em julho", disse a economista Natalia Cotarelli, do Banco Indusval & Partners, cuja previs�o preliminar para o IGP-M de junho � de baixa de 0,50%. "A queda no atacado est� sendo muito forte no m�s de junho, acho dif�cil voltarmos para o campo positivo j� em julho", disse. "Os alimentos in natura ainda est�o devolvendo a alta provocada pela falta de chuvas. Os bovinos tamb�m est�o devolvendo uma parte da alta do in�cio do ano, e o milho reflete a perspectiva de uma boa safra", disse, quando perguntada sobre as raz�es para o comportamento dos agropecu�rios.

Opini�o semelhante sobre at� quando os IGPs devem manter-se em queda tem o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Ot�vio Souza Leal. "Pelo menos at� o IGP-M de julho. As coletas n�o mostram revers�o da tend�ncia. Por enquanto, d� para pensar em IGP-10 e IGP-M ainda negativos em julho, j� o IGP-DI n�o d� para garantir", disse. "Uma coisa que tem surpreendido � a parte de carnes, que � mais significativa que a de in natura", disse. Em seus c�lculos, o IGP-M de junho deve ter recuo pr�ximo de 0,50%, enquanto o recuo do IPA Agropecu�rio deve continuar perto dos 3% da primeira pr�via.

Tamb�m na opini�o do economista �tore Sanchez, da LCA Consultores, o cen�rio de pre�os benignos no atacado deve prosseguir at� meados de julho. J� a defla��o dos produtos agropecu�rios deve persistir um pouco mais e se alongar para pr�ximo de agosto, refletindo as perspectivas mais favor�veis para a safra e gr�os, al�m de um c�mbio mais apreciado, estimou. Segundo ele, o IGP-M de junho deve apresentar baixa de 0,56% e relativa estabilidade (de alta de 0,02%) em julho.

Apesar da queda verificada recentemente nos pre�os industriais, que tamb�m comp�em o IPA, ele explica que este movimento deve durar menos em rela��o ao esperado para o IPA Agropecu�rio. "A queda dos industriais n�o � t�o intensa e a devolu��o da baixa deve ser mais r�pida. Al�m disso, o IPC e o INCC tamb�m est�o com alta. Ent�o, o caminho para a ramifica��o positiva � mais veloz nos IGPs, que agrega todos os �ndices, do que no pr�prio agropecu�rio", justificou.

O consumidor, segundo Sanchez, tamb�m deve contar com uma infla��o mais branda at� pelo menos o m�s que vem, influenciada, no curto prazo, pela estimativa de queda do IPA Agropecu�rio e tamb�m de outros itens que est�o em desacelera��o. "Principalmente por meio de alimentos cuja cadeia � mais curta, como os in natura, que (praticamente) saem da lavoura para a mesa do consumidor final. No caso dos gr�os, o impacto no varejo acontece por meio da ra��o, das carnes, que tem uma defasagem maior, mas j� est� aparecendo em ovos e bovinos", contou.

O economista da LCA pondera que a infla��o de servi�os deve impedir um arrefecimento mais significativo nos IPCs. "Tem a parte de passagem a�rea, por causa da sazonalidade (desfavor�vel), e o evento Copa, que acaba por puxar para cima alimenta��o fora do domic�lio e os pre�os do setor hoteleiro. Ou seja, � uma resist�ncia � desacelera��o de Alimenta��o e Transportes", afirmou.

Para o economista-chefe da SulAm�rica Investimentos, Newton Camargo Rosa, ainda n�o est� claro quando os pre�os do atacado mudar�o de tend�ncia. Segundo ele, entretanto, a percep��o atual � de que v�rios dos IGPs ainda devem trazer um cen�rio de atacado em queda. "N�o temos uma previs�o. Pelo nosso acompanhamento, o decl�nio ainda deve persistir nos pr�ximos �ndices", comentou. "Como ainda n�o vimos o fundo do po�o no nosso acompanhamento, creio que a defla��o nos agr�colas pode continuar em julho, ainda que perdendo for�a", opinou.


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