Pelo segundo m�s consecutivo, o indicador usado para reajustar os alugu�is caiu e deve dar um refresco para quem vai renovar contratos no pr�ximo m�s. O �ndice de Pre�os Gerais — Mercado (IGP-M) em junho teve varia��o negativa de 0,74%, ap�s registrar -0,13% em maio. � a maior retra��o desde mar�o de 2009. Nos seis primeiros meses do ano, a taxa chega a 2,45%, e em 12 meses, a 6,24%. O resultado ainda surpreendeu analistas, que previam um decl�nio entre 0,50% e 0,67%.
Entre os indicadores que comp�em o IGP-M, o �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) ficou negativo em 1,44%, em junho. Essa queda foi puxada principalmente pelos valores agropecu�rios, que cederam 3,73%, e industriais, que recuaram 0,55%. O �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) ficou em 0,34% e o �ndice Nacional de Custo da Constru��o (INCC), em 1,25%.
O economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Ot�vio de Souza Leal, projetava um recuo de 0,56% para o IGP-M de junho. Na avalia��o dele, a defla��o dos produtos agr�colas e dos pre�os industriais veio um pouco mais acentuada do que o esperado. “Em rela��o aos alimentos (ao produtor), a margem de erro � menor, pois temos as coletas. J� quanto aos industriais � um pouco mais dif�cil de projetar”, justificou.
Para Leal, o IGP-DI de junho, que ser� divulgado na pr�xima ter�a-feira, deve mostrar um resultado parecido com o do IGP-M do sexto m�s de 2014. Mas a tend�ncia � de retra��es menos intensas. “Pelas coletas acho que a queda vai perder for�a. Talvez o IGP-DI tenha uma taxa parecida com a do IGP-M”, projetou.
Ind�stria J� os produtos da ind�stria de transforma��o ficaram mais baratos em maio na porta de f�brica pelo terceiro m�s consecutivo. O �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP) registrou defla��o de 0,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A desvaloriza��o do d�lar em rela��o ao real tem ajudado a conter a infla��o do setor.
Mas tamb�m houve influ�ncia em maio da entrada da safra de cana-de-a��car, que reduziu o valor do �lcool, e da diminui��o de pre�os de petroqu�micos b�sicos, que servem de mat�ria-prima para outras ind�strias. “O �lcool teve uma redu��o muito grande de pre�os em maio devido � entrada da safra (de cana- de-a��car) e � necessidade de produtores de fazerem caixa. Eles decidiram vender mais barato para recuperar um pouco a �poca da entressafra”, explicou Manuel Campos Souza Neto, t�cnico do IPP no IBGE