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Estado de Minas

Preocupa��o com alta dos pre�os se reflete no consumo


postado em 13/07/2014 07:49 / atualizado em 13/07/2014 12:29

O fantasma de uma infla��o reprimida, certamente de pre�os administrados que podem explodir depois das elei��es, est� tirando o sono de muitos brasileiros. Essa preocupa��o vem sendo captada nas �ltimas semanas por v�rios indicadores que mostraram a deteriora��o da confian�a do consumidor.

Cada vez mais cauteloso com os gastos e inseguro em rela��o � manuten��o do emprego, o brasileiro colocou o p� no freio nas compras no primeiro trimestre deste ano, quando o consumo das fam�lias, que responde por 63% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem sido pilar do crescimento, caiu 0,1% em rela��o ao �ltimo trimestre de 2013.

Para o segundo trimestre deste ano, o cen�rio � incerto e os indicadores antecedentes do consumo n�o s�o nada favor�veis. As vendas no varejo em abril, o �ltimo dado dispon�vel, ca�ram 0,4% em rela��o a mar�o, descontados os efeitos sazonais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em maio, as vendas dos Dia das M�es decepcionaram e, em junho, os neg�cios do com�rcio foram prejudicados pelos jogos da Copa do Mundo.

O quadro do consumo tamb�m n�o � animador para o terceiro trimestre. Sem datas sazonais importantes, menos da metade dos consumidores (46,6%) pretende adquirir bens dur�veis ou semidur�veis entre julho e setembro, segundo a Pesquisa Trimestral de Inten��o de Compras do Programa de Administra��o de Varejo (Provar) da Funda��o Instituto de Administra��o (FIA). Trata-se da menor marca de inten��o de compras para um terceiro trimestre em 12 anos.

A cautela do brasileiro se baseia no temor de perder o emprego. Em junho, o �ndice de Medo do Desemprego, apurado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria, subiu pelo quinto trimestre seguido. No indicador nacional de confian�a da Associa��o Comercial de S�o Paulo, levantado pelo instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs, aumentou mais de 10 pontos, de 17% em maio de 2013 para 28% em maio deste ano, a fatia de brasileiros que est� menos confiante com o seu emprego.

Diante da incerteza em rela��o � infla��o e � empregabilidade, o consumidor adotou um comportamento defensivo. A secret�ria executiva Vanessa Marques Acencio, de 34 anos, por exemplo, reduziu as idas ao supermercado: antes ia entre duas a tr�s vezes por m�s. Hoje vai s� uma vez e estoca os produtos no freezer. J� o analista fiscal Alex Henrique Lima, de 30 anos, come�ou a poupar. Agora guarda 20% da sua renda e at� pouco tempo atr�s n�o poupava nada.

Tamb�m na defensiva, a administradora de empresas Sandra Hoffmam, de 36 anos, n�o pretende comprar nada a prazo, muito menos fazer aquisi��es de produtos de grande valor nos pr�ximos meses. Para o gerente comercial Marcelo Murilo Carraca, de 68 anos, que desistiu de uma viagem ao Chile programada para este m�s, o momento � de segurar as despesas e fazer uma poupan�a for�ada.


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