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Estado de Minas

Parceria retoma carro el�trico nacional


postado em 13/07/2014 09:07 / atualizado em 13/07/2014 12:32

Uma nova parceria, dessa vez com o grupo brasileiro Wake Motors, do Paran�, ressuscitou os planos de produ��o de um minicarro el�trico brasileiro, o Obvio!. O projeto ser� retomado em formato in�dito. O carrinho n�o vai ser colocado � venda nos moldes normais. A pr�pria fabricante ser� dona da frota e far� a loca��o dos ve�culos para empresas e redes de estacionamento que v�o oferec�-los no sistema de carsharing (compartilhamento).

Em 12 anos, essa � a quinta tentativa do empres�rio carioca Ricardo Machado, que atua no ramo imobili�rio, de tornar realidade o sonho de produzir um carro brasileiro. Ele iniciou o projeto do Obvio! em 2002 e, desde ent�o, fez parcerias com quatro grupos, tr�s deles internacionais - Auto America Group, ZAP e Cappadocia -, mas nenhuma foi adiante. Na nova empreitada, Machado fez joint venture com a Wake, fabricante de buggies de luxo em S�o Jos� dos Pinhais h� cinco anos. Da uni�o, nasceu a DirijaJa, que cuidar� dos neg�cios conjuntos.

O grupo vai investir R$ 44 milh�es para iniciar, no fim de 2015, a produ��o do Obvio! 828E, compacto para tr�s passageiros. Nos planos est�o tamb�m um furg�o el�trico e um carro especial para cadeirantes. O motor el�trico e a bateria ser�o fornecidos por fabricantes dos Estados Unidos, Inglaterra, Canad� e China, atestados pelo grupo ingl�s Lotus e pela fabricante americana de ve�culos el�tricos de luxo Tesla.

“O investimento ser� feito atrav�s de um mix de aportes de capital pr�prio da Cappadocia Investments (que det�m 10% da Obvio!), Gespa Energy (da Alemanha) e de family offices (casas especializadas em administra��o de fortunas) do Rio de Janeiro e Curitiba”, informa Machado. “O patrim�nio integralizado ser� de R$ 40 milh�es.”

Compartilhamento


Segundo Machado, como os carros produzidos far�o parte da frota pr�pria da DirijaJa para loca��o, n�o haver� incid�ncia de impostos como IPI e ICMS, “que inviabilizam a venda de ve�culos el�tricos no Brasil”.

O grupo trabalha em duas frentes de loca��o: para frotas de grandes empresas, que poder�o colocar seu logotipo e se beneficiar da imagem positiva por usar um ve�culo n�o poluente, e para redes de estacionamentos. Nesse caso, os usu�rios poder�o fazer a reserva por “app” em smartphones e tablets.

No sistema de compartilhamento que ganha for�a em pa�ses da Europa, o carro � retirado em um local e deixado onde o usu�rio quiser. No Brasil, inicialmente a retirada e a devolu��o ser�o feitas nas redes de estacionamentos conveniados.

Machado informa que o programa de carsharing com o Obvio! come�ar� nas cidades do Rio e Curitiba, com 50 carros cada. Depois ser� estendido para S�o Paulo, Belo Horizonte, Recife e Caxias do Sul. “Apostamos numa demanda de 300 carros em cada uma delas ao longo do tempo.”

Buggies

A plataforma do Obvio! 828E foi desenvolvida pela Wake, que tamb�m criou a base dos seus buggies. Em uma enxuta linha de montagem, a empresa tem hoje capacidade para produzir 50 ve�culos ao m�s, volume que pode chegar a 120 no pr�ximo ano. O ve�culo utiliza motor 1.6 flex da Volkswagen.

“Somos 50 funcion�rios, contando empregos indiretos, e o buggy, desde sua plataforma, � produzido por n�s”, diz Fabiano Isoppo, s�cio da empresa com Marcos Celestino, dono de uma rede de revendas de v�rias marcas de ve�culos no Paran�. “O processo de fabrica��o transita entre o artesanal e o industrial e isso d� um atrativo a mais ao buggy.” Neste ano, a Wake come�ou a exportar buggies para M�xico e Angola, e negocia com pa�ses europeus, al�m do Ir�, onde estuda montar uma subsidi�ria.

No Brasil, h� cerca de 320 buggies da marca. Um deles foi usado para transportar turistas na novela Flor do Caribe, exibida recentemente pela Rede Globo. O Super Buggy, como � chamado, � vendido por encomenda e custa a partir de R$ 60,9 mil, o dobro do pre�o cobrado por esse tipo de ve�culo.“Nosso produto tem design diferente, qualidade no acabamento, freio a disco nas quatro rodas, dire��o leve e � confort�vel”, justifica Isoppo.

No futuro, a Wake tamb�m fornecer� uma vers�o do buggy el�trico. A empresa participou do Sal�o do Autom�vel de S�o Paulo em 2012 e este ano estar� presente novamente no evento, em outubro. “Seremos a �nica fabricante nacional”, ressalta Isoppo. Uma das novidades a ser mostrada � o Mini Buggy.

A empresa prev� faturamento de R$ 15 milh�es neste ano, mas o projeto de desenvolvimento do Super Buggy, 100% nacional, j� teve injetado R$ 60 milh�es. “Se considerarmos os investimentos no setor automobil�stico esse n�mero � modesto”, admite Isoppo.

Ex�tico

Na opini�o do diretor do Centro de Estudos Automotivos (CEA) e ex-presidente da Ford, Luiz Carlos Mello, os carros el�tricos s�o vistos no Brasil como “ex�ticos”. Para ele, esse tipo de produto representar� um nicho pequeno no mercado.O governo brasileiro estuda h� v�rios anos um programa de incentivo � produ��o de carros el�tricos e h�bridos, mas o projeto est� parado.

Mello v� a iniciativa da Obvio! com poucas chances de dar certo. “Tanto o sistema de carsharing como a venda de carros el�tricos em breve ser�o absorvidos pelas grandes fabricantes e uma f�brica artesanal dificilmente ter� chances de competir.”


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