Quase metade dos valores desembolsados por turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo foi parar em cidades que n�o eram sedes dos jogos, segundo balan�o feito pela operadora Visa com base nos gastos dos gringos que usaram seus cart�es. Ao todo, durante os 32 dias do evento, os visitantes de outros pa�ses gastaram US$ 380 milh�es (R$ 847 milh�es), sendo que US$ 192,6 foram gastos nas cidades-sede e US$ 187,4 milh�es foram parar em outros munic�pios, como Ouro Preto e Mariana, onde os torcedores chegaram por indica��o dos guias, para conhecer um pouco da arquitetura da hist�ria colonial brasileira.
Pelo balan�o, apenas 2,7% do valor gasto pelos turistas estrangeiros foi desembolsado em Belo Horizonte. Os gastos totalizaram US$ 10,2 milh�es. A capital foi a sexta com maior valor entre as cidades-sede, segundo a pesquisa. A cidade foi a terceira com menor avan�o em rela��o ao ano passado nos gastos com produtos internacionais da bandeira Visa. S�o Paulo e Rio de Janeiro ocupam o topo da lista, com gastos de US$ 59,1 milh�es e US$ 28,1 milh�es, respectivamente. Cuiab� foi a �ltima entre as cidades-sede (US$ 2,3 milh�es).
Disparada
No comparativo com a Copa do Mundo da �frica do Sul, disputada em 2010, os gastos tiveram alta de 47,2%, se considerados os cart�es da bandeira que patrocina a Copa do Mundo. No pa�s africano, os estrangeiros desembolsaram US$ 258 milh�es, ou seja, US$ 122 milh�es a menos. “Na prepara��o para a Copa do Mundo, muitos comerciantes realizaram investimentos para aumentar a aceita��o de meios eletr�nicos de pagamentos, com o objetivo de melhor servir os viajantes globais”, afirma o diretor da Visa no Brasil, Ruben Osta.
Pelo levantamento, o setor que teve maior aumento de gastos foi o de restaurantes, com alta de 481%. Em seguida, os pagamentos mais expressivos foram registrados no varejo (141%) e com hospedagem (114%).
Em Ouro Preto, os gringos supriram em parte o vazio causado pela aus�ncia dos brasileiros. Segundo o secret�rio de Turismo e Cultura de Ouro Preto, Jarbas Avellar, apesar do grande n�mero de estrangeiros, a rede hoteleira ficou com a taxa de ocupa��o abaixo do normal, entre 30% e 40%. “Substituiu uma pequena parcela, mas n�o encheu a cidade”, diz. Avellar explica que poucos visitantes dormiram na cidade. Mas um ponto � preciso ser considerado: a divulga��o. “Tivemos um turismo fotogr�fico forte”, diz o secret�rio, que acredita na visita de parentes e amigos desses turistas a partir da divulga��o das fotos.
O estudo mostra tamb�m que os norte-americanos foram os que mais gastaram durante o Mundial: US$ 94,4 milh�es. Brit�nicos (US$ 32 milh�es) e franceses (US$ 25,3 milh�es) ocupam os outros dois lugares do p�dio, seguidos por argentinos (US$ 20,6 milh�es) e mexicanos (US$ 16,9 milh�es). A coloca��o, no entanto, n�o significa que os cinco primeiros s�o os mais “m�os abertas”. O n�mero absoluto desconsidera a quantidade de turistas que vieram ao Brasil.
Os gastos dos gringos mostram uma surpresa. O ranking com as 20 nacionalidades com desembolsos mais altos indica cinco pa�ses que n�o disputaram a Copa – Angola, Canad�, Noruega, China e Peru. Dos 32 participantes do evento, 15 aparecem na lista.