
No caso da exporta��o de animais vivos, a restri��o sanit�ria est� relacionada ao cont�gio por mormo e carrapato. Mas, mesmo se vencida tal barreira, os exportadores teriam pela frente outro empecilho: a condi��o de portos e aeroportos. Segundo o presidente da Associa��o Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Magdi Abdel Raouf Shaat, hoje, s� Guarulhos tem condi��o de exportar carga viva. Logo, a comercializa��o de s�men e embri�o se torna o passo mais f�cil para uma aproxima��o com outros pa�ses. Inicialmente, a expectativa da associa��o � que aproximadamente uma d�zia de criadores participem do programa de exporta��es. Por ano, o mercado deve movimentar US$ 500 mil.
PLANEJAMENTO O propriet�rio do Haras Tr�s Cora��es, Ronaldo Tavares, � um dos criadores que j� tem planos para a exporta��o de material gen�tico de mangalarga marchador. Ele tem duas parcerias fechadas com norte-americanos. A primeira, prev� a exporta��o do embri�o congelado, que, colocado em um recipiente com nitrog�nio, � preservado. Nos Estados Unidos, ele � implantado em uma �gua geradora. Os filhotes ser�o registrados com o sufixo do haras mineiro. Metade pertencer� ao criador de l� e a outra metade a Ronaldo Tavares. A previs�o � que a coleta seja feita at� dezembro e que no primeiro semestre do ano que vem seja enviada a primeira remessa. “O criador j� morou no Brasil. Era executivo de uma empresa na d�cada de 1990. Hoje, � presidente da Associa��o do Mangalarga Marchador dos Estados Unidos”, conta Tavares.
Ele acredita que a paix�o dos Estados Unidos e de pa�ses europeus por cavalos � um incentivador para que o mercado abra caminhos, principalmente com a publicidade que ser� feita com os primeiros animais. Os cavalos que antes eram exportados n�o tinham qualidade de reprodu��o de alto n�vel, diferentemente dos animais que seguem agora para fora do pa�s. “Eram animais n�o t�o bons, que n�o refletiam a qualidade do cavalo de hoje”, afirma o criador.
A segunda parceria do Haras Tr�s Cora��es ser� firmada com um casal norte-americano que comprou 50% dos direitos da potra Cacha�a. Com isso, os embri�es ser�o divididos entre os dois propriet�rios. “[O casal] pode congelar uma parte e lev�-la para os Estados Unidos”, afirma.
O projeto de exportar animais vivos, no entanto, n�o � descartado para o futuro – atualmente, s�o enviados algumas unidades depois de longa negocia��o –, pelo potencial do com�rcio exterior e a possibilidade de manuten��o da ra�a pura brasileira no exterior. Para isso, Magdi Shaat lista tr�s fatores que s�o essenciais para criar um panorama favor�vel �s exporta��es: 1) tomar atitudes para derrubar as barreiras sanit�rias; 2) negociar a abertura do mercado, com a certifica��o de laborat�rios; e 3) a melhoria da infraestrutura. “Se pudesse exportar animal vivo, sem restri��o sanit�ria e com boa condi��o de portos e aeroportos, o setor se desenvolveria muito mais r�pido”, afirma o presidente da ABCCMM.
