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Estado de Minas

Sem confian�a, mercado financeiro corta proje��o para o crescimento do PIB

Pacote de cr�dito do BC n�o reduz pessimismo do mercado, que j� espera alta de apenas 0,9% para a economia este ano


postado em 29/07/2014 06:00 / atualizado em 29/07/2014 07:24

Bras�lia - O mercado financeiro ignorou o pacote de R$ 45 bilh�es em linhas de cr�dito anunciado pelo Banco Central (BC) para estimular a economia e cortou, pela nona semana consecutiva, a proje��o para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Diante de sinais de piora da atividade e sob a amea�a de que o pa�s esteja a um passo da recess�o, bancos e corretoras passaram a prever uma alta de apenas 0,9% este ano. H� um m�s, as apostas das institui��es financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa semanal Focus eram de uma expans�o mais forte da economia, de 1,10%.

O que tem levado a revis�es para baixo, dizem os analistas, s�o os sinais cada vez mais claros de que o pa�s vive um colapso de confian�a, que � causado, tamb�m, pela indefini��o no quadro eleitoral. “O mau humor no mercado e as revis�es para baixo do PIB v�o continuar at� as elei��es”, disse o economista-chefe da gestora de recursos INVX Global Capital Asset, Eduardo Velho. Para ele, investidores e, sobretudo, empres�rios est�o de olho nas propostas que os presidenci�veis v�o apresentar para estimular a ind�stria e, por tabela, os investimentos produtivos, que devem despencar este ano. “At� por isso, n�o vejo como um pacote de cr�dito possa ajudar a melhorar o cen�rio de apostas para a economia. N�o s�o R$ 45 bilh�es que v�o mudar a tend�ncia de quedas da ind�stria, que parece estar fadada a ter mais um ano perdido em 2014”, disse.

Faz tr�s meses consecutivos que a produ��o nas f�bricas opera no vermelho, o que deve ter se repetido tamb�m em junho. Os dados ser�o divulgados na sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O Santander projeta queda de 1,6% na compara��o com maio. Mas h� quem aposte numa retra��o ainda maior. “Nas nossas contas, a produ��o encolheu 2,1% na compara��o mensal, em junho”, disse o economista-chefe da SulAm�rica Investimentos, Newton Rosa.

Boa parte da queda, disse ele, se deve ao menor n�mero de dias �teis em junho, por causa dos jogos da Copa do Mundo, que impactou os resultados de metade do m�s. “Mas certamente n�o � essa a �nica causa dos maus resultados da ind�stria, que est� patinando h� bastante tempo e que n�o dever� voltar a registrar desempenho satisfat�rio t�o cedo”, disse Rosa.

Constru��o

Sem perspectivas de melhora para o futuro, os empres�rios renovaram o pessimismo. Divulgada ontem, a confian�a do setor da constru��o desabou 10,3% no trimestre encerrado em julho, confirmando uma tend�ncia de retra��es observada por cinco meses consecutivos pela Funda��o Getulio Vargas (FGV). “A atividade est� muito fraca e todo mundo est� receoso com o futuro”, disse o economista Vagner Alves, da Franklin Templeton Investments. Diante dos n�meros ruins, Newton Rosa espera que o mercado financeiro revise novamente para baixo, nas pr�ximas semanas, as apostas de alta do PIB em 2014. “Tudo aponta para um quadro de atividade an�mica este ano”, disse.


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