Depois de ser questionado por senadores sobre a piora nas expectativas de crescimento da economia brasileira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, argumentou que a revis�o de perspectiva de PIB tem ocorrido em v�rios pa�ses. "A revis�o tem sido generalizada. N�o � fato isolado, n�o � algo que diz respeito somente ao Brasil", disse.
"A revis�o do crescimento tem sido mais uma norma do que exce��o nas principais economias do G20. Se olharmos desde o in�cio do ano, houve dram�tica revis�o de v�rias perspectivas de crescimento de economias avan�adas e emergentes", disse. "Algum fator comum deve haver para explicar a dire��o das revis�es que vimos", completou.
Tombini citou que a Zona do Euro vem de uma contra��o da economia em 2013 e esbo�a crescimento para este ano. "Estamos em processo sujeito a varia��es e vemos a Europa recorrendo a medidas n�o convencionais que ainda n�o havia recorrido, mesmo durante os piores dias de 2011", disse.
Medidas
O presidente do BC explicou que as mudan�as em medidas macroprudenciais adotadas pela institui��o h� duas semanas s�o condizentes com um cen�rio econ�mico diferente do verificado em 2010, quando as medidas anteriores nesse sentido foram tomadas. "Nos �ltimos anos observamos uma modera��o no ritmo de crescimento do cr�dito, com o aumento do interesse na aquisi��o de casa pr�pria e a diminui��o cr�dito para consumo. Moderou-se tamb�m a expans�o do cr�dito para as empresas", completou.
Por isso, argumentou, o BC optou por aperfei�oar a regula��o macroprudencial para adequar a liquidez no cr�dito. "A pol�tica macroprudencial � conduzida com o objetivo de aumentar a estabilidade financeira. Em 2010 foi usada para moderar excessos. Mas com a modera��o indesejada no cr�dito em alguns segmentos, � justificado que medidas macroprudenciais apontem agora na dire��o contr�ria", alegou.
J� a pol�tica monet�ria, contrap�s Tombini, deve ser conduzia com objetivo de garantir estabilidade de pre�os e atua em diversos canais, como o cr�dito, de forma gradual e cumulativa. "N�o h� contradi��o entre a��es de pol�ticas monet�ria e macroprudencial, pois elas t�m objetivos distintos", concluiu.