O economista-chefe do Ita� Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou que seu cen�rio b�sico para a economia em 2015, que estima uma alta de 1,3% do PIB, com infla��o de 6,4%, considera ajustes, especialmente com melhora no resultado das contas p�blicas. "No pr�ximo ano, o n�vel de atividade estar� se recuperando, mas continuar� fraco", ponderou.
Ilan Goldfajn estima que o super�vit prim�rio no pr�ximo ano dever� atingir 1,5% do PIB, pouco acima de 1,3% do produto interno bruto previsto para este ano. "Um prim�rio de 2% do PIB leva a d�vida p�blica para uma trajet�ria est�vel", destacou.
"Nosso cen�rio principal considera �rea fiscal melhor, recupera��o da economia e juros est�veis em 11% at� o final de 2015", destacou. "De certa forma, cen�rio para o pr�ximo ano � de volta � normalidade. A queda dos investimentos, como deve ocorrer em 2014, vai passar", apontou. O Ita� Unibanco prev� uma retra��o de 5,5% da Forma��o Bruta de Capital Fixo em 2014, mas deve ocorrer leve eleva��o de 0,3% no pr�ximo ano.
"Com ajustes no Pa�s, deve haver aumento da oferta no Brasil nos anos seguintes a 2015", destacou Ilan Goldfajn. "H� a volta dos investimentos no pr�ximo ano e o setor de infraestrutura vai ajudar", disse. Contudo, ele prev� um movimento gradual de evolu��o da FBCF, que dever� atingir a taxa de 19,5% do PIB em tr�s ou quatro anos. "Com nossas proje��es para a economia, a infla��o dever� voltar � meta em 2017 ou 2018", destacou.
Goldfajn, estima que o super�vit prim�rio neste ano dever� atingir 1,3% do PIB, o que ser� motivado em boa parte devido a um desempenho abaixo do esperado das receitas. "Desta forma, ficar� mais dif�cil atingir a meta de 1,9% do prim�rio para este ano", destacou. Ele projeta que as receitas extraordin�rias responder�o por 0,6% do PIB neste ano, o que ser� quase a metade do resultado prim�rio do setor p�blico consolidado.
C�mbio
O economista-chefe do Ita� afirmou que o atual programa de interven��es do Banco Central no c�mbio, atrav�s da realiza��o de swaps, dever� ser mantido pelo menos at� o fim do primeiro semestre de 2015. Segundo ele, tal estrat�gia do BC ser� necess�ria devido ao processo de normaliza��o da pol�tica monet�ria nos EUA.
Ele espera que o Federal Reserve dever� come�ar a elevar os juros b�sicos da economia, que est�o na faixa entre zero e 0,25% hoje, no segundo trimestre do pr�ximo ano. Com eleva��es graduais de 0,25 ponto porcentual da taxa, ele espera que os fed funds dever�o atingir 1,25% no final do ano que vem.
"N�o se trata somente de alta de juros pelo Federal Reserve, mas inclusive numa modifica��o do fluxo de capitais pelo mundo, inclusive em rela��o aos pa�ses emergentes", destacou Goldfajn. Nesse contexto, ele espera que o c�mbio no Brasil dever� atingir R$ 2,40 em dezembro deste ano e chegar� a R$ 2,50 no encerramento de 2015.
Rating
As ag�ncias internacionais de rating dever�o manter o rating soberano no Brasil em 2015. "Downgrade s� deveria ocorrer num cen�rio sem ajustes da economia", destacou.
Goldfajn destacou que o pr�ximo governo dever� debater internamente sobre quest�es estruturais para o Pa�s, como a ado��o de uma reforma tribut�ria parcial e como melhorar as receitas do setor p�blico.