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Estado de Minas

Funcion�rios tentam tirar partidos do fundo dos Correios

Associa��es argumentam que a gest�o pol�tica de diretores indicados por PT e PMDB no Postalis levou a "opera��es suspeitas" que explicariam o rombo de R$ 2,2 bilh�es acumulado entre 2013 e 2014


postado em 20/08/2014 08:19 / atualizado em 20/08/2014 08:36

Tr�s associa��es de funcion�rios dos Correios anunciaram que v�o pedir, nesta quarta-feira, interven��o da Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc), vinculada ao Minist�rio da Previd�ncia Social, no fundo de pens�o da estatal, o Postalis. As associa��es argumentam que a gest�o pol�tica de diretores indicados por PT e PMDB no Postalis levou a "opera��es suspeitas" que explicariam o rombo de R$ 2,2 bilh�es acumulado entre 2013 e 2014.

Maior fundo de pens�o do Brasil em n�mero de participantes, com cerca de 140 mil contribuintes, o Postalis tem hoje um patrim�nio l�quido de R$ 5,4 bilh�es no principal plano do fundo. Dado o valor do d�ficit, os participantes temem um aumento na contribui��o mensal para cobrir o rombo e, mesmo assim, n�o ter o retorno esperado em suas aposentadorias.

"Quem perde 25% do patrim�nio em dois anos est� numa situa��o muito dif�cil, que mereceria interven��o externa enquanto ainda, talvez, haja alguma esperan�a de recupera��o", diz uma avalia��o feita pelas associa��es a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. O pedido � subscrito pela Associa��o dos Profissionais dos Correios, a Federa��o Interestadual dos Trabalhadores dos Correios e a Associa��o Nacional dos Participantes do Postalis.

Previ


Outro argumento que ser� usado a favor da interven��o ser� que os preju�zos da gest�o pol�tica n�o atrapalham apenas os contribuintes do Postalis, mas tamb�m a Previ (do Banco do Brasil), o Petros (Petrobras) e outros fundos de estatais. "Trata-se, portanto, de um tema nacional, oportuno no momento em que o Pa�s se prepara para escolher seu novo presidente", avalia o documento.

As associa��es querem aproveitar o momento em que a rela��o dos fundos de estatais com partidos est� no radar da opera��o mais not�ria da Pol�cia Federal em 2014: a Lava Jato, que prendeu o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A rela��o foi revelada por uma ex-contadora do doleiro, Meire Bonfim da Silva Poza, em depoimento � PF.

Entre os "neg�cios mal explicados" feitos pela c�pula do Postalis, apontam as associa��es de funcion�rios dos Correios, est� uma opera��o com o Banco BNY Mellon atribu�da a Youssef e ao ex-diretor financeiro do Postalis Ricardo Oliveira Azevedo. O neg�cio levou, segundo as associa��es, a preju�zo causado pela troca de t�tulos da d�vida brasileira por pap�is argentinos. Oliveira se demitiu do cargo em outubro de 2013, ap�s uma investiga��o do Previc lhe atribuir responsabilidade por preju�zos ao fundo.

Venezuela


Tamb�m est�o na lista de maus neg�cios que aumentaram o rombo, segundo os funcion�rios, a compra de t�tulos da Venezuela, de a��es de empresas de Eike Batista e da Universidade Gama Filho e UniverCidade - ambas endividadas e descredenciadas pelo Minist�rio da Educa��o este ano.

Em nota, o Postalis afirmou que a maior parte dos investimentos est� em t�tulos p�blicos federais com taxas acima da meta de rendimento fixada e que a diretoria presta esclarecimentos, "de forma sistem�tica", � Previc. A assessoria afirmou que "o Postalis n�o tem mais em sua carteira nenhum ativo do Grupo X e n�o trabalha mais com o gestor terceirizado respons�vel pela realiza��o desses investimentos".

Sobre as universidades, informou que, ap�s o descredenciamento pelo MEC, "solicitou o vencimento antecipado das parcelas", reconheceu a poss�vel perda "e tomou as demais medidas jur�dicas cab�veis para proteger os seus direitos".


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