O aumento da inatividade ainda vem ajudando a manter a taxa de desemprego em m�nimas hist�ricas nas principais regi�es metropolitanas do Pa�s, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em julho, S�o Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram a menor taxa de desemprego para o m�s desde o in�cio da s�rie hist�rica da Pesquisa Mensal de Emprego, em mar�o de 2002. "A gente percebe, de fato, uma migra��o importante para essa popula��o n�o economicamente ativa", disse Adriana Beringuy, t�cnica da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No entanto, a pesquisadora frisa que a inatividade vem aumentando n�o pela elimina��o de vagas, mas sim pela diminui��o no n�mero de pessoas em busca de emprego. "O que a gente percebe � que cada vez mais t�m entrado pessoas de 50 anos ou mais nas amostras (da popula��o inativa). Al�m dessas, na parte mais velha da distribui��o et�ria, a gente percebe tamb�m pessoas mais jovens. Ent�o s�o os dois extremos de distribui��o et�ria (na inatividade), principalmente mulheres. Tanto que o n�vel da ocupa��o daquelas pessoas de 25 a 49 anos n�o tem preju�zo", ressaltou Adriana.
Os dados da pesquisa n�o mostram redu��o na ocupa��o, mas tampouco apontam uma gera��o de novas vagas no mercado de trabalho. "A gente n�o vive um processo de dispensa generalizado na economia. Por outro lado, a gente n�o tem observado movimento mais intenso de gera��o de postos de trabalho. Pelo lado da oferta de m�o de obra, de fato a gente n�o tem observado uma press�o muito forte dessa popula��o em busca de trabalho", apontou. "Simultaneamente, s�o esses dois fen�menos que juntos contribuem para que a taxa de desocupa��o fique em patamares baixos. N�o � apenas o lado da redu��o da procura. Voc� tem menos gera��o de postos, mas tamb�m n�o tem dispensa de trabalhadores generalizada", acrescentou.