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Estado de Minas

Atacado muda cen�rio para a infla��o


postado em 24/08/2014 12:13 / atualizado em 24/08/2014 12:21

As quedas ininterruptas nos pre�os de produtos no atacado desafiam estimativas de analistas e tra�am um cen�rio mais benigno para a infla��o ao consumidor. Os �ndices Gerais de Pre�os apurados pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV) caminham para a quarta defla��o consecutiva em agosto, embora a previs�o seja de que a sequ�ncia de resultados negativos tenha fim no pr�ximo m�s.

“Essa sequ�ncia entra para o hist�rico do �ndice, j� que n�o temos uma realidade deflacion�ria”, afirma o superintendente adjunto de infla��o da FGV, Salom�o Quadros. A �ltima vez em que os IGPs medidos pela institui��o tiveram uma defla��o continuada foi em 2009, na esteira da crise financeira mundial detonada no ano anterior.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) tamb�m apura defla��o no atacado. O �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), que mede a varia��o de pre�os dos bens da ind�stria de transforma��o na porta de f�brica, recua h� quatro meses seguidos. “Desde fevereiro, os produtos ficaram 1,01% mais baratos”, conta Alexandre Brand�o, gerente do IPP.

Os dois setores que registraram maior corte nos pre�os foram produtos de fumo e de madeira, influenciados pelo c�mbio. Segundo o IBGE, de fevereiro a junho, o real teve uma valoriza��o de 6,21% em rela��o ao d�lar. “Quando isso acontece, tem uma influ�ncia, os pre�os caem”, explica Brand�o.

Mas os segmentos que mais contribu�ram para a defla��o na ind�stria de transforma��o nos �ltimos meses foram produtos qu�micos, derivados de petr�leo e alimentos, com as boas not�cias da safra e da redu��o da nafta no mercado mundial.

A infla��o acumulada em 12 meses pelo IPP diminuiu de 8,24% em fevereiro para 5,04% em junho, �ltimo n�mero divulgado. Ao mesmo tempo, o �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), �ndice usado para reajustes no aluguel, saiu de um pico de 7,98% em abril deste ano para 5,32% em julho.

Nos �ndices de infla��o apurados pela FGV, a queda nos pre�os, concentrada principalmente em alimentos como soja, milho, trigo e seus derivados, tem renovado o f�lego no atacado. A tend�ncia � importante para o indicador, pois os pre�os entre os produtores respondem por 60% do resultado.

O economista Fabio Bentes, da Divis�o Econ�mica da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), calcula que a queda de pre�os dos produtos no atacado leve tr�s meses para chegar ao varejo e a� sim ter impacto sobre o bolso do consumidor. “Ent�o tem mais redu��o de pre�os ao consumidor a� pela frente, o segundo semestre vai ser bom no sentido de infla��o mais controlada”, avalia.

A CNC prev� que a infla��o no varejo diminuir� de 7,3% em 2013 para 5,9% este ano. “Quando a gente faz a previs�o, levamos em considera��o duas vari�veis, o IPP e o c�mbio. Nos dois casos, o cen�rio para frente � benigno”, explicou o economista da CNC. “� uma previs�o at� um pouco conservadora, pode ser que diminua mais.”


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