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Apartamentos pequenos ainda s�o minoria em Belo Horizonte

Apenas 1,78% dos apartamentos dispon�veis em BH no ano passado tinham um quarto. Potencial do mercado � de 7%


postado em 25/08/2014 06:00 / atualizado em 25/08/2014 07:46

Em busca de um imóvel menor e versátil, Flávio Henrique diz que não há muita opção(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Em busca de um im�vel menor e vers�til, Fl�vio Henrique diz que n�o h� muita op��o (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Apartamentos pequenos, de um ou dois quartos, em pr�dios que ofere�am card�pio opcional de servi�os ainda s�o minoria em Belo Horizonte e procurados com lupa pela popula��o que busca viver em espa�os menores. Apesar de 72% dos moradores da capital acima de 18 anos serem solteiros, formando um mercado em potencial, o n�mero de lan�amentos do setor imobili�rio para os chamados singles n�o consegue acompanhar a demanda. Para se ter uma ideia, no ano passado, dos 4.353 apartamentos dispon�veis em BH, apenas 1,78% tinham um quarto, ou seja, havia, em 2013, cerca de 80 im�veis com tamanho reduzido � venda. Para especialistas da �rea, esse potencial poderia facilmente estar pr�ximo aos 7%.

Os dados fazem parte do levantamento in�dito da C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI/Secovi) feito no ano passado e que mostrou ainda que, dos 2.933 apartamentos lan�ados pelas construtoras e incorporadoras em Belo Horizonte em 2013, 113 tinha um quarto (veja arte). “Esse � um problema de BH, � muito dif�cil encontrar apartamentos de um quarto, assim como casas menores. N�o h� muita op��o. O que vejo � que o mercado imobili�rio ainda est� mais voltado para fam�lias, e n�o para os solteiros”, observa o m�sico, compositor e produtor musical Fl�vio Henrique Alves Oliveira, de 46 anos, que est� � procura de um im�vel para comprar e morar s�.

Fl�vio faz parte do universo de 247 mil pessoas solteiras na capital mineira. No Brasil, s�o 8,8 milh�es de domic�lios com apenas um chefe do lar, crescimento de 17% frente a 2011, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Para Fl�vio, a vida de solteiro � cara em muitos sentidos, principalmente, no mercado imobili�rio, no qual o metro quadrado (m2) de um apartamento menor � mais oneroso. E ele tem raz�o. Segundo destaca Lucas Martins, vice-presidente da �rea imobili�ria do Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil (Sinduscon-MG), o pre�o do metro quadrado para os apartamentos de um quarto – entre 30 m2 e 50 m2 – custam, em m�dia, de 10% a 15% mais se comparado ao valor de um apartamento de tr�s quartos, por exemplo. “O mercado est� acordando agora para o potencial desse p�blico. O n�mero de lan�amentos para atender esse perfil ainda � reduzido”, reconhece Lucas.

“A constru��o � mais cara porque tem uma incid�ncia forte de alguns itens, como cozinha e banheiros do mesmo tamanho. O aluguel acaba sendo mais caro tamb�m”, compara o empres�rio Teodomiro Diniz Camargo, dono da construtora Diniz Camargo. Ele conta que, ainda em obras, o edif�cio Excelsior Residence, no Centro, tem apartamentos de 28 m2 a 80 m2, com valores a partir de R$ 230 mil, e muitas unidades j� foram compradas. “As moradias menores est�o se tornando uma tend�ncia no mercado belo-horizontino. H� muitas pessoas morando s�s, assim como casais que n�o querem ter filhos e idosos que optam por um espa�o mais pr�tico”, diz.

Teodomiro aposta em um crescimento desse segmento imobili�rio e diz que os im�veis menores t�m f�lego para alcan�ar 7% dos estoques na capital. E sugere que o interessante � apostar em bairros como Luxemburgo, na Regi�o Centro-Sul, e Ouro Preto, na Pampulha. O diretor do grupo Marfar� Martins da Costa (Grupo MMC), Igor Marfar�, teve a mesma percep��o. H� tr�s anos, quando o grupo lan�ou um empreendimento no Bairro Ouro Preto com tr�s e dois quartos, em dois dias o segundo tipo foi totalmente vendido. “Percebemos a� que havia uma demanda por apartamentos menores, seja porque esse p�blico est� crescendo em BH, seja porque o Bairro Ouro Preto tem o perfil para esse tipo de morador, j� que h� universidades, grandes empresas e movimenta��o noturna”, comenta Igor.

LEGISLA��O Ainda que haja demanda para esse tipo de im�vel na capital, h� entraves na legisla��o para eles. De acordo com Lucas Martins, da Sinduscon, as leis em BH levam as construtoras a investir em im�veis acima de 60 metros quadrados. “Apartamentos maiores s�o mais vi�veis como neg�cio devido ao potencial de constru��o estabelecido pela legisla��o municipal, ” observa. Martins acrescenta que outras capitais brasileiras est�o um pouco mais � frente no lan�amento para atender a popula��o solteira, estudantes ou mesmo quem vem � cidade trabalhar e quer um im�vel menor.

Segundo ele, os solteiros buscam encontrar no pr�dio comodidades em servi�os, seguran�a e tamb�m espa�os como sal�o de festas, piscina, academia com op��o de contratar atividades particulares como personal trainers, fisioterapeutas, entre outros. “Apartamentos com mais de 100 unidades conseguem oferecer v�rios servi�os sem inflacionar o condom�nio, j� que o valor � dividido entre muitos.”


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