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Estado de Minas PROJETOS ADIADOS E VAGAS FECHADAS

Estiagem prejudica com�rcio e turismo nas cidades banhadas pelos rios Par� e das Velhas

Rios s�o importantes afluentes do S�o Francisco, o maior rio exclusivamente brasileiro, com 2,7 mil quil�metros de extens�o e que, segundo ribeirinhos, pena com a maior seca dos �ltimos 100 anos


02/09/2014 06:00 - atualizado 02/09/2014 07:41

Com redução do nível do Velho Chico, Rio Pará também afetado, assim como a renda das famílias que dependem dele (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A/Press)
Com redu��o do n�vel do Velho Chico, Rio Par� tamb�m afetado, assim como a renda das fam�lias que dependem dele (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A/Press)

V�rzea da Palma, Concei��o do Par� e Porteirinha
– A luxuosa embarca��o or�ada em cerca de R$ 1 milh�o que o empres�rio Jos� Brasil constr�i �s margens do Rio das Velhas deveria ter feito o primeiro passeio h� dois meses, mas a estiagem reduziu o volume do leito e o fez postergar a conclus�o de seu sonho: navegar com grupos de amigos pela regi�o de Barra do Guaicu�, distrito de V�rzea da Palma, no Norte de Minas. “Ter� capacidade para 20 pessoas acomodadas confortavelmente.” O barco ir� gerar quatro empregos diretos. J� em Concei��o do Par�, no Centro-Oeste do estado, o tamb�m empres�rio Reinaldo Santos adiou o in�cio da constru��o de alguns chal�s para alugar em raz�o de a seca ter reduzido o leito do Par�: “Os turistas n�o v�m com o curso d’�gua baixo”.


Barco do empresário José Brasil, no Rio das Velhas, está parado há dois meses e deixou de gerar quatro empregos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Barco do empres�rio Jos� Brasil, no Rio das Velhas, est� parado h� dois meses e deixou de gerar quatro empregos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Tanto o Rio das Velhas quanto o Par� s�o importantes afluentes do S�o Francisco, o maior rio exclusivamente brasileiro, com 2,7 mil quil�metros de extens�o e que, segundo ribeirinhos, pena com a maior seca dos �ltimos 100 anos. Em alguns trechos, o n�vel do Velho Chico reduziu em mais de cinco metros, afetando a economia em cidades cortadas pelo rio – o pre�o de pescados subiu, a interrup��o tempor�ria da travessia de balsas desabasteceu o com�rcio, empreendimentos voltados para o turismo registram queda no faturamento etc. Resultado: a infla��o deu salto em v�rias localidades e centenas de vagas de empregos foram fechadas.

Problemas id�nticos enfrentam munic�pios cortados pelos afluentes do Velho Chico. Esse � o tema da terceira e �ltima reportagem da s�rie “A sede do rio”. O das Velhas, maior afluente do S�o Francisco, com 761 quil�metros de extens�o, nasce em Ouro Preto, passa por Sabar�, Santa Luzia, Belo Horizonte e des�gua no Rio da Integra��o Nacional na comunidade de Barra do Guaicu�, onde a baixa do leito impediu Jos� Brasil de contratar, em junho passado, quatro tripulantes para trabalhar na sua embarca��o.


GASTO
� l� tamb�m que mora o fazendeiro Ad�o Ricardo Ara�jo, criador de gado leiteiro. “O rio jogava umidade no pasto. Com pouca �gua, o pasto est� seco”, lamentou Ad�o. Em raz�o disso, ele precisa gastar mais com a ra��o para o rebanho. O turismo sofreu um baque, pois muitos pescadores que desfrutavam de pousadas na regi�o n�o v�o ao local h� semanas. Donos de restaurantes tamb�m s�o v�timas da estiagem. Problemas parecidos enfrentam empres�rios de cidades cortadas pelo Par�, que nasce em Resende Costa, na Serra das Vertentes, e des�gua no Velho Chico logo depois de Pomp�u, no Centro-Oeste.

Reinaldo tem um hotel, um restaurante e planejava construir chalés na beira do Rio Pará, mas desistiu:
Reinaldo tem um hotel, um restaurante e planejava construir chal�s na beira do Rio Par�, mas desistiu: "A seca afastou os turistas" (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Reinaldo, o empres�rio que adiou a constru��o de chal�s para alugar em raz�o da estiagem do Par�, � dono de um hotel e de um restaurante na entrada de Concei��o do Par�, pacato munic�pio que atrai grande quantidade de banhistas e pescadores quando o afluente do Velho Chico n�o sente os efeitos da estiagem. Os neg�cios do empreendedor, por�m, foram afetados pela redu��o no volume do leito: “A seca afasta os turistas”.

O leito do Par� est�o t�o baixo que assustou Geraldo M�rcio Moreira, operador da usina Jos� Lima Guimar�es, constru�da na �rea rural de Concei��o do Par� e uma das mais antigas do Brasil. “Trabalho aqui h� 30 anos e nunca vi o rio nessa situa��o”, disse. A usina gera energia el�trica para uma f�brica de tecidos na cidade vizinha de Par� de Minas. O fornecimento, claro, foi afetado: “Das quatro turbinas, apenas uma est� funcionando. Se todas estivessem em atividade, elas estariam gerando 1,6MW. Como apenas uma est� em opera��o, gera 230 kw”.


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