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Estado de Minas

Corrida eleitoral e expectativa de alta dos juros nos EUA mexem com os mercados

D�lar acelera e fecha a R$ 2,30 enquanto a bolsa despenca 6,19%


postado em 13/09/2014 06:00 / atualizado em 13/09/2014 07:24

Bras�lia – O nervosismo dos investidores diante da corrida eleitoral fez o d�lar ultrapassar a barreira dos R$ 2,30 e fechar o dia cotado a R$ 2,338, maior valor desde mar�o. Nenhuma moeda apanhou tanto quanto o real. Na Bolsa de Valores de S�o paulo (Bovespa) n�o foi diferente e o preg�o fechou com forte queda de 6,19%, tamb�m um dos maiores tombos do mundo.

Na opini�o dos especialistas, o mercado est� avesso � possibilidade de continuidade da pol�tica econ�mica, que tem mantido a infla��o no teto da meta, de 6,5%, com crescimento m�dio anual de 1,5% e contas p�blicas em frangalhos. Para Reginaldo Galhardo, gerente de c�mbio da corretora Treviso, o mercado n�o aguenta mais do mesmo. “Os investidores querem mudan�a. Essa volatilidade vai continuar at� o fim do processo eleitoral”, estimou.

Expectativas de que a taxa de juros dos Estados Unidos possa subir mais cedo do que o esperado tamb�m ajudaram a impulsionar a moeda americana em outras pra�as, a menos de uma semana da pr�xima reuni�o do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano. “Sem d�vida, o impacto do quadro eleitoral foi muito mais forte, mas houve press�o de fatores externos tamb�m”, ressaltou Galhardo.

Com um teto fixado pelo mercado em R$ 2,25 durante o ano, o d�lar ultrapassou a barreira com a morte do ent�o candidato do PSB, Eduardo Campos, e se acomodou no patamar entre R$ 2,25 e R$ 2,30. Contudo, o cen�rio eleitoral atual, criou um novo par�metro, que deve ficar acima dos R$ 2,30, de acordo com Galhardo. “O mercado est� decidido a compor nova m�xima para correr atr�s do preju�zo”, esclareceu.

Na avalia��o do gerente da Fair Corretora, M�rio Battistel, outros fatores externos tamb�m contribu�ram para o nervosismo do mercado. “Al�m da reuni�o do Fed na semana que vem, a amea�a de aumento das san��es contra a R�ssia teve certa influ�ncia. Mas, o fator pol�tico foi preponderante”, afirmou.

A��es em baixa O desempenho do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de S�o Paulo, na semana foi o pior desde maio de 2012. A forte queda de 6,19% reflete, segundo analistas, o mau humor dos investidores diante das mudan�as no cen�rio da disputa presidencial. Ontem, o �ndice caiu abaixo de 57 mil pontos pela primeira vez desde agosto. No m�s, a queda j� chega a 7,1%.

As a��es da Petrobras exerceram grande peso nesse resultado negativo, recuando quase 12% na semana. Somente no preg�o de ontem, a desvaloriza��o dos pap�is da estatal foi de 5%. O setor financeiro tamb�m balan�ou diante do cen�rio pol�tico: acumularam, ontem, quedas expressivas as a��es do Banco do Brasil (-2,59%), do Bradesco (-2,81%) e do Ita� Unibanco (-3,59%).

Sensibilidade O mercado segue bastante sens�vel � corrida eleitoral, refor�a o presidente da Latin Link, Rui Coutinho. At� o resultado das urnas, acredita ele, o comportamento dos investidores n�o deve mudar. “Enquanto o cen�rio pol�tico se mantiver pouco n�tido, a volatilidade continuar� ou mesmo ficar� maior”, disse o analista, apostando em movimentos mais bruscos na Bolsa caso haja uma tend�ncia de continuidade da atual pol�tica econ�mica.

Em rela��o ao resultado de ontem do Ibovespa, Rui Coutinho sustenta que o mercado reagiu de imediato a mudan�as que dever�o estar presentes at� o resultado das urnas. “O efeito das novas tend�ncias � o que, basicamente, explicam a queda da bolsa de valores. N�o h� outra justificativa t�o forte quanto essa”, afirmou. Para ele, pode haver uma mudan�a de rumo caso os investidores enxerguem com mais clareza uma poss�vel alian�a entre A�cio Neves e Marina Silva em um eventual segundo turno.


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