O secret�rio-executivo de Petr�leo e G�s Natural do Minist�rio de Minas e Energia, Marco Ant�nio Almeida, saiu em defesa da Petrobras e do governo, em resposta ao presidente do Instituto Brasileiro do Petr�leo (IBP), Jo�o Carlos de Luca, que, ao abrir a Rio Oil & Gas, nesta segunda-feira, 15, afirmou que o cen�rio do setor petr�leo piorou recentemente.
Segundo Almeida, "problemas acontecem em qualquer pa�s e em qualquer empresa", disse, em refer�ncia �s den�ncias de corrup��o que envolvem a estatal atualmente.
Sobre a demora do conselho de administra��o da Petrobras, liderado pela Uni�o, para decidir pelo reajuste do pre�o dos combust�veis, Almeida disse ainda que "esse n�o � um problema central", j� que o pre�o do �leo diesel no mercado interno hoje supera o do mercado internacional.
Al�m disso, ele ressaltou que a produ��o de petr�leo e g�s natural voltou a crescer no primeiro semestre deste ano. A expectativa � de que, nos pr�ximos dias, a Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) informe as estat�sticas de agosto, que dever�o trazer o terceiro recorde consecutivo de produ��o de �leo e g�s.
Como anunciado anteriormente pela ag�ncia reguladora, o secret�rio informou a previs�o de realiza��o de um leil�o de �reas para explora��o e produ��o no primeiro semestre do pr�ximo ano. "Fizemos tr�s rodadas no ano passado. Nada mais natural do que o ano seguinte ser para estudar as �reas. N�o � necess�ria uma rodada por ano. N�o temos como metas o rigor e a obriga��o de uma rodada por ano. � um conjunto de elementos que define o n�mero de rodadas", afirmou.
Disse ainda que "no que o mercado precisar de apoio, o governo ir� dar". "Precisamos de empresas brasileiras, empresas que aqui est�o para investir", afirmou. Uma das oportunidades, em sua opini�o, ser� o leil�o de concess�es de gasodutos que acontecer� no pr�ximo ano.
Parceiras
Marco Antonio Almeida defendeu a contrata��o direta da Petrobras para a produ��o dos volumes excedentes das quatro �reas de cess�o onerosa. O secretario foi enf�tico ao afirmar que o governo espera respeito �s suas decis�es.
"A contrata��o direta da Petrobras n�o significa que as empresas privadas e outras empresas brasileiras n�o sejam bem vistas pelo governo brasileiro ou que ele n�o as quer como parceiras. Queremos como parceiras, que venham e respeitem o nosso processo, nossa pol�tica de conte�do local e participem do desenvolvimento de uma ind�stria forte e de um pa�s forte", afirmou Almeida.
Para o secretario, a decis�o antecipada de contratar a Petrobras beneficia o mercado e o setor de Explora��o e Produ��o. A op��o foi feita para atender as especificidades do contrato de cess�o onerosa, que permite que a estatal escolha a qualquer momento onde colocar as plataformas e perfurar os po�os nas quatro �reas - Entorno de Iara, B�zios, Florim e Nordeste de Tupi.
"N�o poder�amos licitar uma �rea que j� est� toda comprometida com a Petrobras, que pode decidir onde quer colocar as plataformas e perfurar os po�os, e ela pode mudar isso no tempo. Seria algo extremamente indefinido ao mercado", afirmou Almeida.
O secretario tamb�m defendeu a pol�tica de conte�do local, afirmando que o pa�s j� se desenvolveu bastante, com 13 estaleiros em produ��o atualmente. "Isso � muito relevante se levarmos em conta que em 2003 n�o t�nhamos nada. Digo isso sem qualquer conota��o temporal com o mandato de ningu�m. T�nhamos 7 mil trabalhadores, hoje temos 78 mil. N�o � apenas a constru��o naval, diversas empresas est�o instaladas no pa�s e esperamos que outras venham", completou.