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Estado de Minas

Com economia em crise, Venezuela levanta d�vidas sobre pagamento da d�vida externa


postado em 16/09/2014 20:45

Os vencimentos da d�vida venezuelana em outubro representam um ter�o de suas reservas declaradas em meio a uma crise de abastecimento por d�vidas comerciais internas.

Entre os t�tulos soberanos e da estatal Petr�leos de Venezuela, o pa�s deve pagar 6,44 bilh�es de d�lares, um ter�o dos 20,8 bilh�es de reservas. Para piorar, 70% dessas reservas � constitu�da em ouro, cuja cota��o se encontra em queda h� tr�s meses.

A economia venezuelana enfrenta uma estagna��o nas exporta��es de petr�leo (que aportam 96% das divisas), uma crescente demanda de importa��es - 45% dos alimentos consumidos s�o importados- devido � queda progressiva da produ��o local, e den�ncias de corrup��o com divisas subsidiadas (em valores at� 15 vezes menores do que no mercado paralelo).

D�vidas sobre cumprimento do pagamento da d�vida

Nesta ter�a-feira, a ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's rebaixou em uma escala a nota da d�vida soberana da Venezuela, para CCC+, considerando "a deteriora��o econ�mica" do pa�s, e alertando para o "risco de morat�ria nos pr�ximos anos".


A nota est� na categoria especulativa de risco elevado, com perspectiva negativa, o que significa que a ag�ncia pode baix�-la ainda mais no m�dio prazo. O Banco Central de Venezuela (BCV) reconheceu que em 18 meses perdeu um quarto de suas reservas internacionais. A institui��o atribuiu a aus�ncia de medidas econ�micas ao avan�o do setor pol�tico considerado 'radical' dentro do governo diante dessa redu��o das reservas, suscitando d�vidas sobre as condi��es do governo em pagar suas d�vidas com os credores.

"Parece que existe a possibilidade de n�o haver uma oferta de d�lares suficiente para suprir as necessidades do pa�s", afirmou David Alay�n, diretor da Kapital Consultores � AFP em Caracas.

Venezuela "cumpre seus compromissos"

Oliveros ressalta que "n�o se sabe exatamente quanto o governo tem em fundos paralelos, o que exacerba o nervosismo dos mercados". "A isso se somam a din�mica de ina��o, as mudan�as de funcion�rios p�blicos e a queda no pre�o do petr�leo. S�o uma s�rie de elementos que efetivamente elevam a preocupa��o dos investidores", diz Oliveros.

A desvaloriza��o dos t�tulos venezuelanos levou o presidente socialista Nicol�s Maduro a garantir na semana passada que pagar� "at� o �ltimo d�lar" e lembrou que a Venezuela "em 15 anos de revolu��o tem demonstrado que cumpre seus compromissos".

Para Alay�n, o pagamento pontual dos t�tulos tem o objetivo de manter as portas abertas para um poss�vel financiamento externo, por exemplo em 2015, ano crucial de elei��es legislativas. "A d�vida interna � uma morat�ria parcial, mas se n�o pagam a d�vida externa se encerra a possibilidade de conseguir, no ano que vem e nos seguintes, um financiamento com o Fundo Monet�rio Internacional, por exemplo".

O enorme d�ficit fiscal (se estima em 15% do Produto Interno Bruto) for�ou uma fren�tica impress�o de bol�vares sem lastro, que duplicou a moeda em circula��o e alimentou uma infla��o superior a 60%. Sobre as obriga��es em divisas para importa��es de bens e servi�os, os atrasos somam mais de 10 bilh�es de d�lares, segundo dados de empresas privadas de setores de alimentos, medicamentos, transporte a�reo, insumos qu�micos e automotor.


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