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Estado de Minas

Pnad indica que desemprego pode come�ar a subir, diz FGV

Segundo o IBGE, o desemprego subiu para 6,5% no ano passado, de 6,1% em 2012, registrando a primeira alta desde 2009


postado em 18/09/2014 17:31 / atualizado em 18/09/2014 18:47

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), mostra que o desemprego parou de cair no Brasil e pode come�ar a subir, pressionado pela desacelera��o da economia. Segundo avalia��o do professor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) Rodrigo Leandro de Moura, o fraco desempenho da atividade econ�mica pode prejudicar ainda a formaliza��o da m�o de obra, que atingiu recorde em 2013.

Segundo o IBGE, o desemprego subiu para 6,5% no ano passado, de 6,1% em 2012, registrando a primeira alta desde 2009. Moura afirma que os dados da Pnad, juntamente com outras pesquisas sobre a situa��o do emprego, mostram que "os tempos �ureos do mercado de trabalho" ficaram para tr�s. Ele explica que esse fator pode estar associado a dois motivos - tanto a situa��o de pleno emprego vivida pelo Pa�s como a recente desacelera��o da economia.

No caso da formaliza��o, 2013 marcou um novo recorde. O porcentual dos que possu�am carteira assinada atingiu 65,2% do total de empregados (sem contar trabalhadores dom�sticos). O professor da FGV acredita que esse n�vel pode melhorar nos dados de 2014, indo na contram�o do desemprego, j� que a formaliza��o � um processo mais estrutural. "Esse aumento � resultado, em boa parte, da melhora na educa��o, que ainda est� em curso. Mas pode ser afetado sim pela desacelera��o da economia", comenta.


Ele explica que, com maior n�vel educacional, os empregados tendem a cobrar melhor seus direitos, o que ajuda a explicar o crescimento da formaliza��o. Al�m disso, esses trabalhadores ocupam vagas mais qualificadas, em empresas maiores, que s�o sujeitas a uma fiscaliza��o mais forte. Colabora ainda nesse sentido o recente boom no cr�dito, j� que para ter acesso a empr�stimos o consumidor precisa comprovar renda, o que � mais f�cil fazer com a carteira assinada.

O processo de formaliza��o pressionou os reajustes salariais, com 2013 marcando o nono ano seguido de aumento real na renda dos trabalhadores. Moura afirma que, com o cen�rio de pleno emprego, os trabalhadores t�m maior poder de negocia��o, mas as empresas j� est�o com suas margens muito apertadas. "Elas v�o ter de fazer ajustes, com demiss�es e/ou aumento de pre�os. Normalmente � incomum um cen�rio de aumento de desemprego junto com alta na infla��o, mas num cen�rio de pleno emprego isso � poss�vel", diz.

O pesquisador tamb�m aponta que as empresas brasileiras podem estar entrando novamente em um processo de downsizing, a exemplo do que aconteceu de meados da d�cada de 1990 at� o in�cio dos anos 2000. Nesse fen�meno, ocorre um enxugamento das companhias, que muitas vezes eliminam cargos e terceirizam fun��es.

Para Moura, a situa��o de pleno emprego pode estar colaborando tamb�m para uma desacelera��o no aumento da produtividade, j� que com o mercado de trabalho apertado as empresas acabando sendo for�adas a contratar funcion�rios menos capacitados. Ele explica que, apesar de um maior acesso � educa��o, a qualidade do sistema ainda precisa melhorar bastante. Al�m disso, a produtividade depende de outros fatores, como avan�os na infraestrutura e um ambiente regulat�rio mais claro, que ajudariam a atrair investimentos.


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