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Estado de Minas

FI-FGTS aprova investimento de R$ 630 milhoes na CCR


postado em 25/09/2014 08:19 / atualizado em 25/09/2014 09:10

O comit� que gerencia os investimentos do FGTS aprovou na quarta-feira, em seu primeiro relat�rio final do ano, o financiamento de at� R$ 630 milh�es � concession�ria de rodovias CCR, que tem como acionistas Andrade Gutierrez, Camargo Corr�a e Soares Penido. Os recursos ser�o usados na recupera��o da Rodovia Presidente Dutra, que liga S�o Paulo ao Rio de Janeiro.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o relat�rio foi aprovado por 9 dos 11 membros na reuni�o do comit� do FI-FGTS, formado por indicados pelo governo (a metade), centrais sindicais e associa��es patronais.

Essa n�o � a primeira vez que a CCR � financiada pelo FI-FGTS. No fim de 2008, quando a crise internacional havia secado as fontes de cr�dito, a concession�ria recebeu R$ 500 milh�es para a recupera��o das Rodovias Presidente Dutra e Bandeirantes e da Ponte Rio-Niter�i. Procurada pela reportagem, a CCR preferiu n�o se pronunciar.

Representante da central sindical UGT, Paulo C�sar Rossi votou contra a opera��o por considerar que ser�o gerados poucos empregos. Para cada vaga aberta ser�o desembolsados R$ 163 mil, segundo ele.

Luiz Fernando Emediato, representante da For�a Sindical, se absteve para evitar conflitos de interesse. Em junho, o Estado revelou que o jornalista procurou pelo menos quatro empresas - entre elas, a Camargo Corr�a - para pedir patroc�nio a um filme baseado em livro de sua autoria.

Esse foi o primeiro projeto a passar pelas duas rodadas de aprova��es do comit� de investimento neste ano - a primeira delas, em julho -, al�m de receber o aval da administradora Caixa Econ�mica Federal e de empresas terceirizadas.

Com R$ 10 bilh�es para investir em infraestrutura s� neste ano, as aprova��es de projetos do FI-FGTS est�o em ritmo lento por press�es pol�ticas no comit�. Cada opera��o do Fundo, que utiliza o super�vit do FGTS, precisa ser autorizada por pelo menos 9 dos 12 membros. O FI � o segundo maior financiador de infraestrutura no Pa�s, atr�s apenas do BNDES.

Outros dois projetos que dependiam de aprova��o foram retirados de pauta ontem. A decis�o sobre a compra de at� 20% do controle acion�rio da empresa de res�duos s�lidos Estre Ambiental por R$ 500 milh�es n�o ocorreu porque Ralph Lima Terra, representante da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), pediu vistas do processo. A Estre, que tem como s�cios Wilson Quintela Filho e fundos do banco BTG e da gestora Angra Infraestrutura, � uma das maiores companhias privadas de coleta e tratamento de lixo no Pa�s.

Em maio, enquanto a Caixa estudava adquirir o controle acion�rio da empresa, o jornal O Estado revelou que a Odebrecht Ambiental, concorrente da Estre, amea�ou "retaliar" o fundo se o aporte fosse aprovado. Em carta ao comando do FI-FGTS e da Caixa, o presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Santos Rei, afirmou que o contrato lhe permitia rever cl�usulas caso o FI-FGTS investisse numa empresa do mesmo setor, citando a Estre. O FI-FGTS tem 30% da Odebrecht Ambiental.

Comperj


O comit� tamb�m n�o avan�ou sobre a decis�o de desembolsar R$ 2,5 bilh�es em forma de emiss�o de d�vida ao Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj). Pelo projeto, os recursos devem ser usados em obras de saneamento e energia em um dos principais empreendimentos da hist�ria da Petrobras, erguido no munic�pio de Itabora�, no Estado do Rio de Janeiro.

F�bio Cleto, vice-presidente da Caixa, pediu vista do processo, ao alegar que o valor do investimento � muito alto e que � preciso analisar melhor o projeto. Ele contou com o apoio de Paulo C�sar Rossi, da UGT. Procuradas, Estre e Petrobras n�o se pronunciaram.


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