O empreendedorismo por meio de microfranquias � uma realidade que vem se consolidando ano a ano no Brasil, disse � Ag�ncia Brasil o presidente da Associa��o Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF Rio), Beto Filho. O grande consumidor brasileiro pertence atualmente � classe C, que responde por cerca de 57% da popula��o consumidora e � tamb�m compradora de franquias, acrescentou.
Ele explicou que o comportamento hoje da classe C n�o est� s� no consumo, mas tamb�m no empreendedorismo, porque, com o apoio dos bancos oficiais e das ag�ncias de fomento dos estados, al�m dos bancos privados, h� sustenta��o financeira para a categoria tamb�m virar empreendedora, empres�ria.
Os investimentos nas franquias v�o de R$ 5 mil a R$ 8 milh�es. S�o 2,7 mil marcas franqueadoras em v�rios segmentos de neg�cios, que incluem, entre outras, as �reas de servi�os, alimenta��o, higiene, limpeza. A microfranquia responde por 5,11% da receita total do setor e alcan�ou faturamento de R$ 5,9 bilh�es em 2013. Atualmente, s�o 384 marcas em opera��o e 17.197 pontos de venda. O aumento registrado no ano passado pelas microfranquias, em compara��o ao ano anterior, foi 29% em termos de unidades e 31% em faturamento.
A microfranquia � mais barata, exige investimento at� R$ 80 mil. Beto Filho informou que o setor que atrai mais os pequenos franqueadores da classe C no Brasil � alimenta��o. Um exemplo de microfranquia � a Doutor Lubrifica, que participa pela primeira vez da feira Expo Franchising ABF Rio 2014, que ser� aberta hoje (25) no Riocentro, na capital fluminense. No mercado brasileiro h� apenas seis meses, a Doutor Lubrifica atua no servi�o delivery (entrega) de troca de �leo e filtros de carros, motos e caminh�es.
Com 23 unidades comercializadas, sendo uma delas no munic�pio fluminense de Campo dos Goytacazes, os s�cios e fundadores da marca, Alexandre Loudrade e Vinicius Almeida, querem ampliar a microfranquia no estado, onde pretendem abrir mais 20 unidades at� o fim deste ano. A ideia, segundo eles, � oferecer cada vez mais comodidade ao consumidor. O investimento no modelo � a partir de R$ 37 mil.
Independentemente da quest�o de crise econ�mica que vem assustando o mercado, o setor de franquias funciona de forma aut�noma, sustentou Beto Filho. “Tanto � que estamos com uma expectativa de crescimento para este ano entre 7% e 8%. A gente tem uma perspectiva positiva pelo ano peculiar de Copa do Mundo, elei��es, entre outros fatores”.
Outro term�metro que mostra o vigor diferenciado do setor de franquias � a Expo Franchising ABF Rio, que se estender� at� o dia 27. A feira recebeu tr�s vezes mais inscritos do que no ano passado, no mesmo per�odo. Segundo Beto Filho, isso sinaliza que o mercado est� propenso a abrir neg�cios. A expectativa � gerar neg�cios durante a feira da ordem de R$ 190 milh�es, recebendo 27 mil visitantes. Ele observou que a pr�pria crise contribui para esse movimento, ao levar as pessoas a investir seu dinheiro no mercado produtivo, visando a obter resultados. “O setor de franchising tem caracter�stica pr�pria. Ele � o �ltimo a entrar em crise e o primeiro a sair”. Por isso, a perspectiva para o setor de franquias � diferente da expectativa do mercado em geral.
Considerando os dois primeiros trimestres do ano, o crescimento do setor atinge 7%. O faturamento total do franchising atingiu R$ 115 bilh�es, no ano passado. Com a perspectiva de crescimento, esse n�mero ser� ampliado em cerca de R$ 9 bilh�es ou R$ 10 bilh�es, disse Beto Filho. O setor responde pela gera��o e manuten��o de 1,1 milh�o de empregos diretos em todo o pa�s. Em termos de empregos indiretos, s�o 5 milh�es de pessoas, acrescentou. Hoje, j� s�o 150 mil pontos de venda em todo o Brasil, entre servi�os e varejo.