A taxa de desemprego permaneceu est�vel entre os meses de fevereiro e agosto de 2014, segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira, 25, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de agosto. Nesse intervalo, a taxa oscilou entre 4,8% e 5,1%, o que n�o representa um movimento significativo, observou Azeredo.
"A taxa s� vai alterar se a propor��o de desocupados em rela��o � popula��o economicamente ativa apresentar varia��o, e isso n�o ocorreu", afirmou o coordenador. Em agosto, a taxa de desemprego ficou em 5,0%, ante 4,9% em maio.
Segundo Azeredo, houve gera��o de vagas no m�s passado, com 178 mil postos de trabalho criados, alta de 0,8% ante julho. Foi a primeira vez que a ocupa��o cresceu este ano. "Mas a taxa de desocupa��o n�o caiu porque a gera��o n�o foi suficiente", disse. Al�m disso, o contingente de desocupados tamb�m aumentou, embora n�o tenha sido significativo. Mais 39 mil pessoas ficaram sem trabalho, alta de 3,3% ante julho. "Temos uma tend�ncia de aumento da desocupa��o, ainda que n�o significativa", afirmou Azeredo.
A queda de 1,5% no rendimento m�dio real dos trabalhadores em junho ante maio foi generalizada entre as seis regi�es metropolitanas que comp�em a PME. Esse movimento pode ter levado mais pessoas a buscar um trabalho, provocando aumento a Popula��o Economicamente Ativa e redu��o dos inativos, observou Azeredo.
"Nos meses anteriores, principalmente de maio para junho, tivemos queda no rendimento. Ent�o, essa migra��o n�o se deu de uma hora para outra. Houve queda de rendimento l� atr�s, e est� recuperando agora. Em algumas regi�es, essa queda foi mais significativa", afirmou Azeredo. "Ent�o, esse aumento da PEA pode ter sido migra��o em fun��o de redu��o de poder de compra de meses anteriores, principalmente de maio para junho", ressaltou. No mesmo per�odo, entre julho e agosto, a popula��o n�o economicamente ativa caiu 0,9%.
Esclarecimento
O IBGE esclareceu que os valores dos rendimentos m�dios habituais divulgados hoje para os meses de maio, junho e julho est�o a pre�os correntes nos respectivos meses. Os dados n�o foram atualizados com a infla��o dos per�odos seguintes.
Em agosto, o rendimento m�dio do trabalhador ficou em R$ 2.055,50. No m�s anterior, a cifra havia sido de R$ 2.019,00. Em junho, o montante somou R$ 2.019,90, enquanto em maio, o rendimento m�dio do trabalhador foi de R$ 2.045,10.
Os dados foram conhecidos apenas hoje, j� que a greve dos servidores do instituto, que durou 79 dias, havia afetado a coleta e an�lise das informa��es da Pesquisa Mensal de Emprego.