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Estado de Minas

Estiagem deve influenciar pre�o da energia no futuro

Governo prev� reservat�rios abaixo da �poca do racionamento de 2001


postado em 18/10/2014 07:00 / atualizado em 18/10/2014 07:24

Bras�lia – A perspectiva de secas mais longas e atrasos na estreia do per�odo chuvoso pressiona o pre�o da eletricidade negociado no mercado livre e desafia a gest�o do abastecimento no pa�s. O Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) reduziu a sua estimativa de chuvas que chegar�o aos reservat�rios das hidrel�tricas neste m�s para patamares bem abaixo da m�dia hist�rica, em todas as regi�es, exceto o Sul. A estiagem do ano passado j� levou as represas aos menores n�veis desde 2001, ano do racionamento. Mas as proje��es apontam para um quadro ainda pior que o da crise h� 13 anos.

Segundo relat�rio mensal do ONS divulgado ontem, as chuvas previstas para outubro nas regi�es Sudeste e Centro-Oeste, que concentram os principais reservat�rios de hidrel�tricas, dever�o ser de 67% da m�dia hist�rica para o per�odo. Assim, o n�vel de suas represas dever� baixar dos atuais 22,09% para 19% ao fim do m�s. Essa queda vem ocorrendo quase ininterruptamente desde junho de 2013, sendo que o �ltimo per�odo �mido n�o conseguiu recuperar os patamares m�nimos confort�veis.

“Diante de contexto mais desafiador que o de 2001, o pr�ximo per�odo chuvoso, de novembro a mar�o, ser� fundamental para evitar problemas de abastecimento em 2015”, avaliou Alexandre Lopes, diretor t�cnico da Associa��o Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Ele ressaltou que a grande diferen�a entre os dois piores momentos do setor el�trico nacional � que, no racionamento, houve “pelo menos o bom senso de pedir � popula��o que contivesse o consumo”. “Ao optar por susentar a demanda a custos elevos, o governo criou riscos desnecess�rios”, disse.

Valor dispara O resultado imediato dos levantamentos pessimistas em rela��o � gera��o hidrel�trica foi uma nova disparada dos pre�os da eletricidade no mercado � vista. O valor da energia de energia de curto prazo bateu novamente no patamar mais alto permitido para o ano, de R$ 822,83, em todas as regi�es e patamares de consumo. Ontem, a C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE) informou que o Pre�o de Liquida��o das Diferen�as (PLD) para o per�odo seguinte, de 18 a 24 de outubro, permanecer� no teto, uma alta de 2% em rela��o � semana anterior. Essa situa��o n�o ocorria desde a �ltima semana de maio de 2014.

A CCEE ressaltou que o enfraquecimento das frentes frias verificado nas �ltimas semanas provocou a redu��o em cerca de 1,5 mil megawatts m�dios (MW/m) na previs�o para as pr�ximas semanas. O Sudeste � respons�vel por 43% desta queda. Por outro lado, alerta a entidade, a alta da temperatura prevista para o Sudeste e I Norte, intensifica o uso o de equipamentos de climatiza��o de ambientes, pressionando o consumo em mais 180 MW/m para a pr�xima semana. O ONS elevou tamb�m a proje��o de alta demanda de energia no pa�s em outubro, de 1,3% para 2,4% ante igual m�s de 2013.

Adilson de Oliveira, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avaliou como extremamente desafiador a redu��o dr�stica da capacidade de gera��o hidrel�trica em raz�o da atual estiagem. "As usinas t�rmicas passaram a ser intensamente despachadas para evitar o colapso do abastecimento. Infelizmente, esse despacho tem sido insuficiente para impedir que a trajet�ria de esgotamento das represas das hidrel�tricas", observou.


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