Analistas esperam um forte movimento de consolida��o de empresas varejistas para o ano que vem, a exemplo do que ocorreu no passado no segmento de supermercados. Os segmentos que dever�o ser alvo de fus�es e aquisi��es s�o os de eletroeletr�nicos e artigos de vestu�rio.
O movimento de concentra��o deve ser resultado desse cen�rio aparentemente contradit�rio. De um lado est�o as empresas menores, com menor f�lego financeiro que est�o reduzindo o ritmo de expans�o. De outro, est�o as grandes companhias capitalizadas, com dinheiro em caixa e que precisam cumprir planos de expans�o prometidos aos investidores.
“Teremos um recorde de fus�es e aquisi��es no setor varejista no ano que vem”, prev� o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra. Ele acredita que, quando o cen�rio pol�tico ficar mais est�vel, a tend�ncia � que os pre�os dos ativos, descontada a infla��o, voltem para patamares mais reais.
Isso deve atrair, segundo Terra, o interesse de investidores internacionais, porque o Pa�s vai ficar mais barato. “Os estrangeiros devem chegar forte”, prev�. Ele argumenta que, apesar da crise de confian�a que h� no momento, a perspectiva � que esse cen�rio se reverta. “Os fundamentos do consumo n�o est�o ruins”, diz ele.
Um analista de varejo, que prefere o anonimato, compara a situa��o atual do com�rcio varejista a uma estrada com neblina. Os varejistas que tiverem uma empresa bem ajustada n�o v�o reduzir a velocidade de expans�o. Eles devem atravessar a neblina � frente daqueles que e estiverem menos capitalizados e que ter�o de reduzir a velocidade de crescimento.
No setor de shoppings, que enfrenta o adiamento de v�rios empreendimentos por falta de lojistas, a diferen�a de comportamento entre as empresas pequenas e m�dias e as grandes redes � n�tida.
Segundo Milton Fontoura, diretor do Grupo de Estudos Urbanos (GEU), consultoria especializada em prospectar mercado para shoppings, o problema que existe hoje � a falta de demanda para loca��o para lojas menores, que s�o maioria nos shoppings.