Bras�lia – Pesquisas internas de bancos que indicam vantagem para o candidato � Presid�ncia A�cio Neves (PSDB) e rumores sobre levantamentos apontando empate t�cnico na corrida presidencial levaram a Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) a fechar ontem em alta de 2,42%, ap�s ter passado de 5% ao longo do preg�o. Em meio a fortes especula��es sobre o resultado do segundo turno da elei��o amanh�, o preg�o abriu em queda, afetado pelas pesquisas favor�veis � presidente Dilma Rousseff. Mas logo tomou rumo inverso, recuperando parte das perdas da semana, com desvaloriza��o acumulada de 9% entre segunda e quinta-feira.
Segundo analistas, sondagens encomendadas por bancos apontavam chance de vit�riado oposicionista A�cio Neves, diferentemente do que indicaram as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na v�spera e ontem, com Dilma rompendo o empate t�cnico e abrindo vantagem de seis a oito pontos. O Instituto Sensus apontou o tucano � frente, com 54,6% dos votos v�lidos ante 45,4% da petista, mas com vantagem menor em rela��o � pesquisa anterior.
Os operadores do mercado citaram tamb�m os poss�veis efeitos da reportagem da revista Veja, segundo a qual Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento sobre o esquema de corrup��o na Petrobras, e a expectativa em torno do �ltimo debate entre os candidatos na tev�, ontem � noite, e rumores. “Muitos est�o zerando suas posi��es”, notou o operador de uma corretora em S�o Paulo.
As estatais, que sofreram as principais perdas nos preg�es dos �ltimos dias em raz�o das incertezas eleitorais, tiveram as maiores altas. A a��o preferencial (PN) da Petrobras disparou 5,78%, para R$ 16,30, e as ordin�rias (ON), 4,32%, para R$ 15,96. Registravam tamb�m ganhos expressivos ontem BM&FBovespa ON (5,54%) e Ita� Unibanco ON (2,17%). Especialistas garantem que os movimentos tamb�m serviram de corre��o de exageros dos �ltimos dias para esses pap�is que ganharam o apelido de “kit elei��es”.
No entanto, essas oscila��es devem continuar nos pr�ximos dias, como foco na transi��o para novo governo eleito ou reeleito. “Hoje (ontem), a precifica��o dessa possibilidade voltou para 50%”, explicou Fernando G�es, analista da Clear Corretora. F�bio Silveira, diretor de pesquisa da consultoria GO Associados, lembra que a expectativa para esta semana j� era de grande nervosismo, com prov�vel press�o baixista, em raz�o das elei��es presidenciais, com a divulga��o de pesquisas de inten��o de voto, “al�m da eventual divulga��o de resultados fracos das principais economias mundiais”.
C�MBIO Nesta mesma toada, o d�lar fechou, por sua vez, em queda no �ltimo preg�o antes do resultado das elei��es. A moeda norte-americana recuou 2,26%, para R$ 2,45. Na quinta-feira, o d�lar tinha disparado, batendo o patamar de R$ 2,50, com investidores focados no duelo eleitoral. A moeda tinha avan�ado 1,35%, cotada a R$ 2,51, na quarta alta seguida e no maior valor desde maio de 2005, quando, no dia 2, tamb�m fechou em R$ 2,51. Na semana, a divisa acumulou valoriza��o de 1,01%. No m�s, h� valoriza��o acumulada de 0,37% e no ano, de 4,22%.
OTIMISMO MAIOR NA �LTIMA HORA