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Estado de Minas

Tesouro faz caixa com alta das a��es de estatais


postado em 25/10/2014 09:19 / atualizado em 25/10/2014 12:38

Bras�lia - Enquanto a presidente Dilma Rousseff atacava as propostas de pol�tica econ�mica da oposi��o na campanha eleitoral, o Tesouro Nacional aproveitou para fazer caixa com a escalada das a��es de empresas estatais na Bolsa, movimento incensado pelas chances de elei��o de Marina Silva (PSB) e, depois, A�cio Neves (PSDB).

O movimento dos investidores tamb�m auxiliou no financiamento do governo, uma vez que as taxas de juros futuros influenciam na chamada precifica��o dos t�tulos p�blicos. Analistas de mercado avaliam que, embora semelhante � turbul�ncia vivida em 2002 com a elei��o de Lula, a incerteza agora deriva da expectativa de continuidade, e n�o da mudan�a, do atual governo.

O cen�rio financeiro, com a maior parte do mercado premiando as estatais quando as pesquisas mostravam queda de Dilma nas pesquisas eleitorais, ajudou a equipe econ�mica em um ano especialmente dif�cil para o cumprimento das metas fiscais. O Tesouro vendeu "na alta" a��es do Banco do Brasil e da Eletrobr�s, amealhando ao menos R$ 400,4 milh�es nessas opera��es, segundo mostram dados coletados pelo Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, na Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM).

Banco do Brasil e Eletrobr�s s�o parte do grupo batizado pelo mercado de "kit elei��es", tamb�m integrado por Petrobr�s, cujos pre�os t�m oscilado ao sabor das pesquisas eleitorais. Com essas negocia��es, a participa��o do Tesouro no BB recuou de 58,30% a 57,93%; na Eletrobr�s, passou de 63,24% a 61,85%.

O governo Dilma � visto pelo mercado como intervencionista, o que limita expectativa de ganhos das estatais, da� a queda na cota��o das a��es quando as pesquisas indicam sua reelei��o. O mercado tamb�m espera menor aperto nos gastos do governo com a reelei��o. Por isso, os juros futuros caem quando a oposi��o sobe nas pesquisas.

"A incerteza vem da continuidade, o que chega a ser paradoxal", diz Rafael Cortez, analista da Tend�ncias Consultoria. "A Dilma mostrou uma agenda econ�mica ambiciosa com a nova matriz, mas o resultado foi baixo crescimento e infla��o elevada. Foi ambiciosa, fez uma escolha pol�tica leg�tima, mas os resultados n�o vieram e ela est� pagando o custo desse equ�voco, como teria o benef�cio se tivesse dado certo."

Intensidade
O n�mero de transa��es com as a��es das estatais no per�odo eleitoral tamb�m chamou a aten��o de analistas. Levantamento feito pela reportagem mostra que, somando BB e Eletrobr�s, foram 327 opera��es de venda, dentro de 90 dias, para arrecadar os R$ 400 milh�es.

"Isso deve ser para ajudar a fechar o super�vit prim�rio. No atual cen�rio, qualquer ajuda � bem vinda", diz Felipe Chad, s�cio-diretor da DXI Planejamento Financeiro. "Como � uma venda grande, contratam v�rias corretoras para n�o chamar a aten��o. Faz tudo pulverizado." No BB, as vendas come�aram em 10 de junho e foram at� 10 de setembro, per�odo em que o governo se desfez de 9,6 milh�es de a��es e arrecadou R$ 298,5 milh�es. Na Eletrobr�s, foram vendidos 18,9 milh�es de pap�is, o equivalente a R$ 101,8 milh�es. "A frustra��o do leil�o de 4G e com o Refis podem acelerar a venda de a��es como forma de equilibrar as contas. Est� claro que esse movimento tem arrecada��o como objetivo", argumentou Eduardo Velho, economista-chefe da Invx Global Partners.

De janeiro a agosto, o governo central economizou R$ 1,5 bilh�es para o pagamento dos juros da d�vida p�blica, o chamado super�vit prim�rio. A meta para o ano � de R$ 80 bilh�es. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

 


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