O d�lar opera em forte alta ante o real nesta segunda-feira depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita para um segundo mandato. Por volta das 14h19, a moeda norte-americana avan�ava 3,21%, cotada a R$ 2,5359 para a venda. Por volta das 11h, a divisa avan�ava 2,95%, cotada R$ R$ 2,529. Minutos antes, atingiu o patamar de R$ 2,56, a m�xima desde 2008. Logo na abertura dos neg�cios, o d�lar chegou a disparar mais de 4%. Na sexta, o real fechou com alta de 1,99%, e a bolsa ganhou 2,42%, depois de acumular uma queda de 6,7% durante a semana.
Tamb�m influenciada pela reelei��o de Dilma Rousseff, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) ca�a 6% na abertura do preg�o nesta segunda-feira. Pouco depois da abertura, a bolsa desabava 6%, a 48.823 pontos. Por volta das 14h34, a Bovespa operava em queda de 3,33% a 50.212 pontos. Destaque para as a��es da Petrobras, alvo de den�ncias de corrup��o - que registravam queda em torno de 13%. J� os pap�is do Banco do Brasil recuavam 8%.
A reelei��o da presidente foi um balde de �gua fria no movimento de alta da Bolsa, registrado na sexta-feira, na avalia��o de Andr� Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. A expectativa de Perfeito para esta segunda-feira, � de rea��o negativa nos mercados de a��es e c�mbio. Na sexta, o Ibovespa subiu 2,42%, 51.940 aos pontos.
Perfeito pondera que o comportamento do d�lar, das a��es e de �ndices hoje exige aten��o triplicada por causa do investidor. Ele lembra que a combina��o de Ibovespa em queda e a moeda norte-americana em alta resulta em uma maior atratividade do �ndice em d�lar para o investidor estrangeiro. "Se a bolsa cai e o d�lar sobe muito, � preciso lembrar que o Ibovespa em d�lar vai ficar bem barato", diz o economista.
Al�m da quest�o dom�stica, a Bolsa de valores poder� sofrer influ�ncia negativa do mercado acion�rio externo. Por volta das 8h25, as principais bolsas europeias ca�am. Londres, Frankfurt, Mil�o, entre outras, operavam com sinal negativo.
Na avalia��o de Perfeito, a primeira medida da presidente que seria capaz de reduzir o nervosismo dos investidores � anunciar "um governo de transi��o dela mesmo". "A Dilma precisaria admitir que tem erros na condu��o da pol�tica econ�mica e que quer mudar. Para fazer isso de forma organizada, o ideal seria, ainda nessa semana, anunciar um governo de transi��o e indicar seu novo ministro da Fazenda", afirma o economista.
(Com ag�ncias)