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Estado de Minas

Retomar a confian�a dos empres�rios ser� o maior desafio de Dilma para 2015

Especialistas acreditam que s�o necess�rias mudan�as concretas para colocar a economia de novo nos trilhos


postado em 28/10/2014 06:00 / atualizado em 28/10/2014 07:36

Bras�lia – O cen�rio de bolsa de valores em queda e de d�lar em alta n�o � o perfeito para a presidente Dilma Rousseff, conduzir reformas estruturais na economia, caso queira se aproximar do mercado financeiro. “A presidente disse, durante o discurso de vit�ria, que haveria mudan�as na pol�tica econ�mica. Agora, a gente espera para ver que mudan�as s�o essas. Se vai trocar seis por meia d�zia ou colocar em pr�tica medidas efetivas que contribuam para o pa�s crescer”, destacou Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Febraban.

Com o desfecho da campanha eleitoral, as maiores d�vidas dos analistas n�o s�o mais sobre quem comandar� o pa�s a partir de 2015, e sim se a presidente reeleita conseguir� colocar a economia nos trilhos do crescimento e convencer empres�rios a desengavetarem projetos de expans�o da capacidade produtiva, retomando os investimentos t�o necess�rios para que o pa�s consiga competir em p� de igualdade com outras pot�ncias emeregentes.

Para Alex Agostini, economista-chefe Austin Rating, o principal ser� dissipar o pessimismo que paira sobre o setor privado. “Ningu�m investe sem confian�a. O mercado est� esperando n�o s� a presidente falar que vai fazer, mas efetivamente ela mostrar que conseguir� fazer”, disse.

Um exemplo, disse o economista, � o ajuste fiscal j� prometido pelo governo para 2015, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), de modo a conter a press�o dos gastos p�blicos sobre a economia e, com isso, evitar uma alta ainda maior da carestia. “Um an�ncio de ajuste mais severo causaria, ao mesmo tempo, uma surpresa e uma rea��o positiva nos mercados, mostraria um comprometimento maior do governo em conter as press�es inflacion�rias”, emendou Agostini.

O economista, no entanto, cobra compromisso em cumprir as metas assumidas, o que n�o vem sendo feito nos �ltimos anos. “� preciso ser cr�vel. N�o basta dizer que vai fazer 3% se nem a meta atual, de 1,9%, eles conseguir�o entregar”, disse, acrescentando que essa seria uma medida que causaria um “choque de credibilidade positivo”, e que ajudaria a resgatar a confian�a na pol�tica econ�mica j� desacreditada do atual governo.

O mesmo entendimento os analistas t�m sobre a condu��o da economia, a partir de 2015. O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, j� foi avisado pela presidente Dilma que n�o continuar� no cargo no novo mandato. Mas a chefe do Executivo ainda n�o adiantou a escolha do substituto. Nos bastidores fala-se em tr�s nomes para a vaga: o do atual ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante; do ex-secret�rio Executivo da Fazenda Nelson Barbosa; e do empres�rio Ab�lio Diniz, do grupo BRFoods.

Ontem, por�m, a lista ganhou um quarto nome, o do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que se aposentar� compulsoriamente em 2015, quando completar 65 anos, seguindo regras do banco. Em nota, o executivo n�o tratou da especula��o em torno do pr�prio nome. Preferiu, no entanto, exaltar a reelei��o de Dilma, mencionando que o povo brasileiro deu demonstra��o “de esp�rito democr�tico e toler�ncia, em que pese os acirrados debates e a disputa apertada”.

TENTATIVAS


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou ontem, sem sucesso, controlar a rea��o negativa do mercado financeiro com a reelei��o da presidente Dilma Rousseff. Em uma r�pida entrevista, ele disse que, passadas as elei��es, a turbul�ncia verificada na bolsa de valores e nas mesas de c�mbio tendem a se acalmar. E afirmou que o resultado das urnas “mostra que a popula��o est� aprovando a pol�tica econ�mica” do governo.

Segundo o ministro, o compromisso do governo deve, nos pr�ximos quatro anos, girar em torno da recupera��o fiscal, do controle da infla��o e da gera��o de empregos. “N�s temos o compromisso de fortalecer os fundamentos da economia. Isso significa refor�ar os fundamentos fiscais para que a d�vida p�blica fique sob controle, e manter o mercado interno em expans�o. Para isso, n�s temos que manter investimentos e fortalecer as empresas brasileiras”, disse, apesar de saber que n�o ser� reconduzido ao cargo em 2015.

Cobrado em rela��o ao cumprimento da meta de super�vit prim�rio (a economia que o governo se prop�e a fazer para pagar os juros da d�vida), Mantega garantiu que o governo adotar� uma postura mais r�gida no controle dos gastos. A meta para este ano � de R$ 99 bilh�es, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos oito primeiros meses do ano, contudo, o governo s� conseguiu economizar R$ 10,2 bilh�es. Ele afirmou que j� existe “uma perspectiva para 2015 de um resultado fiscal mais forte” e prometeu esfor�os para aumentar a transpar�ncia. Ele culpou o cen�rio internacional por parte da volatilidade da bolsa. E preferiu n�o fazer nenhum an�ncio ontem: “n�o � dia de anunciar nada”.


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