O mercado financeiro deu uma tr�gua ontem e recuperou parte das perdas ao vislumbrar, diante dos nomes cotados para compor o governo, que a presidente reeleita Dilma Rousseff poder�, realmente, promover mudan�as na pol�tica econ�mica. O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-secret�rio executivo da Fazenda Nelson Barbosa e o ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranh�o s�o cogitados para substituir Guido Mantega no Minist�rio da Fazenda. Todos mais amig�veis ao capital e avessos ao intervencionismo do governo. Exatamente como o mercado gosta.
Com isso, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) se recuperou do tombo da segunda-feira, quando se desvalorizou 2,77% e recuou aos 50.503 pontos, no menor patamar desde o dia 15 de abril. Ontem, o preg�o fechou em alta de 3,62% a 52.330 pontos, seguindo a tend�ncia das bolsas do exterior, que tamb�m operaram com ganhos. O d�lar fechou em baixa, ap�s ter atingido o maior valor desde 2005 na v�spera, de R$ 2,522, com a reelei��o da presidente. No preg�o de ontem, a moeda norte-americana caiu 2,14%, cotada a R$ 2,472. Na semana, acumula alta de 0,69%, no m�s, de 1,06%, e, no ano, de 4,94%.
Na opini�o dos analistas, o maior sinal de que o mercado est� dando uma tr�gua � que o chamado kit elei��o, ou seja, os pap�is de estatais e bancos, se recuperaram. As a��es preferenciais da Petrobras subiram 5,18% e, as ordin�rias, se valorizaram 4,24%. Juntos, os pap�is da petroleira movimentaram R$ 1,3 bilh�o no preg�o de ontem, quase 20% do total. As a��es da Eletrobras tiveram alta de 5,59% (ordin�rias) e de 7,26% (preferenciais).
Para Alex Agostini, analista da Austin Ratings, o movimento do mercado sinalizou duas coisas. “Os pre�os ficaram muito baratos e a ordem foi comprar para realizar lucros no curto prazo. Mas, sobretudo, o mercado est� dando uma chance ao posicionamento do governo, de que a pol�tica econ�mica trar� mudan�as”, avaliou. Agostini observou que os nomes cogitados, principalmente de Trabuco e Meirelles, agradam ao mercado porque indicam maior autonomia. “S�o executivos r�gidos, mais voltados � cartilha ortodoxa, de maior cuidado com a infla��o e controle fiscal.” Ontem � noite, em entrevista ao SBT, Dilma disse que ainda n�o h� nome definido, mas decidir� ainda este ano.
Resposta
O especialista destacou que, assim como o povo se re�ne nas ruas e os empres�rios nos congressos para endossar ou criticar pol�ticas de governo, o mercado se manifesta depreciando ou valorizando ativos. “Quando valoriza, mostra que sanciona e d� cr�dito aos indicativos do governo. Mas n�o adianta se iludir. A volatilidade vai continuar at� que os sinais de mudan�a sejam claros e oficiais”, acrescentou.
A opini�o do economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho, � semelhante. “O mercado est� na expectativa do an�ncio de nomes fortes para condu��o da pol�tica econ�mica. Mas tamb�m tivemos uma ajuda do mercado externo”, ressaltou. Conforme Velho, indicadores de bens dur�veis, nos Estados Unidos, revelaram queda de 1,3%, quando se esperava alta de 1,7%. “Isso mostra que, mesmo que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) retire est�mulos, n�o vai elevar juros”, assinalou.
Andr� Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destacou que ontem foi um dia de recupera��o e de alta em todas as bolsas mundiais. “O clima � favor�vel no mercado externo, com maior confian�a do consumidor dos EUA”, disse. No pa�s, contudo, o mercado apreciou o discurso da presidente, de que vai ampliar o di�logo com v�rios setores da economia. “Isso n�o quer dizer que o mercado aceitou Dilma, mas que quer acelerar costuras para a equipe econ�mica.”
O mercado tamb�m aposta na continuidade da Selic em 11% ao ano. O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) est� reunido desde ontem e hoje deve definir a taxa b�sica de juros. A aposta � de manuten��o.
Com isso, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) se recuperou do tombo da segunda-feira, quando se desvalorizou 2,77% e recuou aos 50.503 pontos, no menor patamar desde o dia 15 de abril. Ontem, o preg�o fechou em alta de 3,62% a 52.330 pontos, seguindo a tend�ncia das bolsas do exterior, que tamb�m operaram com ganhos. O d�lar fechou em baixa, ap�s ter atingido o maior valor desde 2005 na v�spera, de R$ 2,522, com a reelei��o da presidente. No preg�o de ontem, a moeda norte-americana caiu 2,14%, cotada a R$ 2,472. Na semana, acumula alta de 0,69%, no m�s, de 1,06%, e, no ano, de 4,94%.
Na opini�o dos analistas, o maior sinal de que o mercado est� dando uma tr�gua � que o chamado kit elei��o, ou seja, os pap�is de estatais e bancos, se recuperaram. As a��es preferenciais da Petrobras subiram 5,18% e, as ordin�rias, se valorizaram 4,24%. Juntos, os pap�is da petroleira movimentaram R$ 1,3 bilh�o no preg�o de ontem, quase 20% do total. As a��es da Eletrobras tiveram alta de 5,59% (ordin�rias) e de 7,26% (preferenciais).
Para Alex Agostini, analista da Austin Ratings, o movimento do mercado sinalizou duas coisas. “Os pre�os ficaram muito baratos e a ordem foi comprar para realizar lucros no curto prazo. Mas, sobretudo, o mercado est� dando uma chance ao posicionamento do governo, de que a pol�tica econ�mica trar� mudan�as”, avaliou. Agostini observou que os nomes cogitados, principalmente de Trabuco e Meirelles, agradam ao mercado porque indicam maior autonomia. “S�o executivos r�gidos, mais voltados � cartilha ortodoxa, de maior cuidado com a infla��o e controle fiscal.” Ontem � noite, em entrevista ao SBT, Dilma disse que ainda n�o h� nome definido, mas decidir� ainda este ano.
Resposta
O especialista destacou que, assim como o povo se re�ne nas ruas e os empres�rios nos congressos para endossar ou criticar pol�ticas de governo, o mercado se manifesta depreciando ou valorizando ativos. “Quando valoriza, mostra que sanciona e d� cr�dito aos indicativos do governo. Mas n�o adianta se iludir. A volatilidade vai continuar at� que os sinais de mudan�a sejam claros e oficiais”, acrescentou.
A opini�o do economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho, � semelhante. “O mercado est� na expectativa do an�ncio de nomes fortes para condu��o da pol�tica econ�mica. Mas tamb�m tivemos uma ajuda do mercado externo”, ressaltou. Conforme Velho, indicadores de bens dur�veis, nos Estados Unidos, revelaram queda de 1,3%, quando se esperava alta de 1,7%. “Isso mostra que, mesmo que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) retire est�mulos, n�o vai elevar juros”, assinalou.
Andr� Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destacou que ontem foi um dia de recupera��o e de alta em todas as bolsas mundiais. “O clima � favor�vel no mercado externo, com maior confian�a do consumidor dos EUA”, disse. No pa�s, contudo, o mercado apreciou o discurso da presidente, de que vai ampliar o di�logo com v�rios setores da economia. “Isso n�o quer dizer que o mercado aceitou Dilma, mas que quer acelerar costuras para a equipe econ�mica.”
O mercado tamb�m aposta na continuidade da Selic em 11% ao ano. O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) est� reunido desde ontem e hoje deve definir a taxa b�sica de juros. A aposta � de manuten��o.