O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel, disse hoje que a eleva��o para 11,25% da Selic, taxa b�sica de juros da economia, tende a moderar a evolu��o do cr�dito. “O mecanismo de transmiss�o da pol�tica monet�ria � esse. Uma eleva��o das taxas de juros tem impacto de modera��o”, disse. Observou, no entanto, que h� outros fatores que influenciam sobre a expans�o de empr�stimos, como n�vel de atividade, de confian�a e sazonalidade. “H� uma s�rie de outras influ�ncias”, declarou Maciel.
Maciel falou sobre o tema em entrevista. Segundo o chefe do Departamento Econ�mico, o comportamento do cr�dito em setembro “seguiu a tend�ncia do ano de crescimento moderado”. Ele avaliou ainda que a eleva��o mensal de 1,3% do saldo das opera��es “deveu-se ao maior dinamismo do cr�dito direcionado”.
Diferentemente dos empr�stimos com recursos livres, em que os bancos t�m autonomia, o cr�dito direcionado tem regras definidas pelo governo. Em setembro, as concess�es nessa modalidade cresceram 2% ante agosto, contra expans�o de 0,7% do cr�dito livre.
Tulio Maciel chamou a aten��o para a continuidade do crescimento do cr�dito imobili�rio para pessoas f�sicas, que acumula alta de 27,4% em doze meses. “Est� bem acima da m�dia, [embora seja importante lembrar] que isso vem moderando. J� chegou a crescer 55%, em 2010”, afirmou.
Outro motivo para expans�o do cr�dito direcionado foi a eleva��o de 2,3% na carteira para investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Segundo o BC, a alta pode ser parcialmente atribu�da ao comportamento do c�mbio no per�odo. “Parte da carteira do BNDES est� vinculada � taxa de c�mbio”, lembrou Tulio Maciel. Para o ano, est� mantida a previs�o de expans�o de 12% do cr�dito.