O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou nesta sexta-feira, que a d�vida l�quida manteve-se est�vel de agosto para setembro por causa da varia��o do d�lar no per�odo. De acordo com ele, a rela��o com o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 35,92% em agosto para 35,93% no m�s passado. "Isso ocorre por sermos credores em moeda estrangeira", disse.
No caso da d�vida bruta, houve aumento de um m�s para o outro, conforme o t�cnico, por conta do maior volume de opera��es compromissadas. Em agosto, a propor��o de compromissadas em rela��o ao PIB estava em 14,9% e, no m�s passado, passou para 16,2%. "Isso neutraliza em parte outras opera��es no pr�prio m�s e, em parte, at� os pr�prios dep�sitos do BC, que diminu�ram", comentou. O volume desses dep�sitos passou de 6,3% do PIB em agosto para 5,9% em setembro.
A propor��o da d�vida bruta em setembro em rela��o ao PIB, de 61,7%, � a maior desde novembro 2009, quando ficou em 62,4%. Maciel salientou que, na ocasi�o, o Pa�s sentia os efeitos da crise financeira internacional. "Provavelmente houve redu��o dos compuls�rios e aumento de opera��es compromissadas", lembrou. Para outubro, o chefe do Departamento Econ�mico do BC estimou que a d�vida l�quida em rela��o ao PIB deve passar para 36%. No caso da d�vida bruta, a estimativa � de uma taxa de 61,3% para este m�s.
D�vida l�quida/PIB
Maciel apresentou tamb�m os c�lculos sobre a sensibilidade da d�vida l�quida em rela��o ao PIB com o impacto de algumas vari�veis. No caso do c�mbio, de acordo com ele, uma varia��o de 1% tem reflexo na d�vida l�quida/PIB de 0,15 ponto porcentual (pp) em sentido contr�rio. Em termos correntes, isso representaria um volume de R$ 7,7 bilh�es.
No caso de juros, a varia��o de 1 pp para cima ou para baixo implicaria em alta ou queda, no mesmo sentido, de 0,28 pp na d�vida no per�odo de 12 meses. Em termos correntes, o volume seria de R$ 12,9 bilh�es. J� sobre infla��o, a varia��o de 1 pp tem impacto de 0,13 pp na d�vida/PIB em 12 meses no mesmo sentido, o que, em termos correntes, se traduz em um total de R$ 7,5 bilh�es.