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Estado de Minas

Descartado, Mantega quis deixar o governo


postado em 16/11/2014 10:01

Bras�lia, 16 - No dia 4 de setembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agora porta-voz de medidas duras e impopulares na economia, ficou a mil�metros de abandonar a cadeira que ocupa h� mais de oito anos.

Chocado e sentindo-se apunhalado, Mantega soube pela imprensa que estaria dispensado do cargo em um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Sem ter recebido nem sequer um telefonema de Dilma, Mantega procurou auxiliares pr�ximos da presidente para entender os motivos do ocorrido, os porqu�s da decis�o no auge da dif�cil campanha eleitoral. Informado dos detalhes, o ministro decidiu que passaria o fim de semana em S�o Paulo, onde tem casa, e n�o voltaria mais a Bras�lia. "Pra mim, chega", confidenciou.

A resolu��o inflamada do ministro instalou a pior crise da campanha eleitoral de Dilma e a "turma do deixa-disso" correu para demov�-lo da sa�da iminente. Houve atua��o especial do ex-presidente Lula, mentor do plano de entregar a cabe�a de Mantega ao "mercado" na tentativa de atenuar o mau humor dos agentes econ�micos em plena corrida eleitoral.

Muitas conversas e afagos depois, Mantega n�o s� aceitou relevar a indelicadeza de Dilma, como reencarnou o esp�rito fiel e profissional de executor das ordens presidenciais para assumir sua �ltima miss�o no comando da Fazenda. Sob orienta��o presidencial, virou porta-voz das medidas econ�micas, topando desdizer parte do discurso eleitoral da candidata Dilma. Tudo a fim de "limpar" o terreno para seu sucessor, ainda n�o anunciado, poder administrar uma casa mais arrumada.

No Pal�cio do Planalto, � dado como certo que, diferentemente do que vem afirmando, Mantega n�o permanecer� no cargo at� 31 de dezembro.

Assim que Dilma anunciar todos os nomes da nova equipe econ�mica, o ministro deixar� a Esplanada. Por isso, ele corre contra o rel�gio para encerrar sua tarefa derradeira.

Nos bastidores do mercado financeiro, fala-se que o papel de Mantega � dar embocadura a um novo discurso do qual ele n�o ser� o executor.

O aumento de 3% no pre�o da gasolina foi a primeira medida do ajuste costurado pelo ministro. A avalia��o foi positiva por ter causado menos chiadeira na popula��o do que esperava o Planalto. Oposicionistas e parte do mercado, por�m, continuaram a reclamar que o reajuste foi "insuficiente" para aliviar o caixa da Petrobr�s.

Extra. Depois de Dilma ter sido reeleita, Mantega passou a espichar seu expediente at� por volta das 22 horas, somando 12, �s vezes 13 horas, de trabalho. Seu esfor�o passou pelo projeto enviado na semana passada ao Congresso para alterar a meta de super�vit prim�rio e, assim, evitar que um d�ficit das contas p�blicas represente o descumprimento da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO).

A medida, apesar de n�o ser recha�ada por boa parte dos brasileiros por ser dif�cil de compreender, causou ainda mais abalos na pouca confian�a dos agentes econ�micos na equipe chefiada pelo ministro demission�rio. Mesmo ciente da repercuss�o negativa no mercado, �rea para onde ele pode ir quando deixar o cargo, Mantega, mais uma vez, defendeu com convic��o a medida exigida pela Presid�ncia.

Assim que voltar ao Brasil ap�s o encontro do G-20, na Austr�lia, Mantega ter� novamente de dedicar tempo ao urgente projeto de mudan�a das regras do abono salarial, do seguro-desemprego e da concess�o de pens�es por morte, fontes de despesa de quase 4% do PIB do Pa�s. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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