O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Ara�jo, sinalizou, no VI F�rum sobre Inclus�o Financeira, em Florian�polis, que poder� permanecer na diretoria da autarquia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Perguntado pelos jornalistas se tinha inten��o de deixar o Banco Central, ele disse: "Wu e os demais colegas da diretoria do BC estamos trabalhando normalmente e vamos continuar na mesma toada", disse durante coletiva de imprensa. "N�s temos grandes desafios pela frente", disse o diretor.
Economia
Hamilton disse, ao apresentar os dados do Boletim Regional do BC no evento, que a economia brasileira vive um processo de transi��o e isso passa por mudan�a de consumo e da oferta. Segundo ele, o consumo do governo tende a arrefecer o descompasso entre consumo e produ��o, mas "isso ainda n�o aparece nos dados". Ainda segundo ele, as importa��es tendem a ganhar impulso. "Isso � um fato", frisou.
Na vis�o de Hamilton, a qualidade do crescimento deve melhorar. Ele sinalizou que o BC v� uma retomada da atividade econ�mica. A avalia��o dele � de que esse movimento ocorrer� junto com uma desacelera��o da infla��o. Segundo o diretor, em 2016 a infla��o tende a entrar em converg�ncia para a meta. "A composi��o da infla��o tende a melhorar ao longo do tempo", afirmou.
Sal�rio m�nimo
Hamilton disse tamb�m, durante apresenta��o no evento, que o desempenho do com�rcio e do Produto Interno Bruto (PIB) nos �ltimos 10 anos foi influenciado pelo aumento do sal�rio m�nimo e pela expans�o do cr�dito. Ele classificou o grupo de trabalhadores que recebem at� um sal�rio m�nimo como "contingente importante".
Segundo os dados mostrados pelo diretor, 28,2% dos trabalhadores recebem at� um sal�rio m�nimo no Brasil; 54,4% ganham de um a tr�s sal�rios; e 17,4% acima de tr�s sal�rios m�nimos. No Sul, regi�o onde o Boletim est� sendo divulgado, o grupo com os menores ganhos � menor que a m�dia nacional: 16,4% do total de empregados est� na faixa dos que t�m o piso nacional como renda. Hamilton ainda observou que Santa Catarina tem apresentado taxas de expans�o superiores � do Brasil nos �ltimos 10 anos.
Exporta��es
De acordo com Hamilton, pela primeira vez desde 2005, as exporta��es l�quidas trar�o contribui��o positiva para o PIB brasileiro. Durante entrevista coletiva ele disse que a contribui��o que as exporta��es l�quidas trar�o ao PIB em 2014 ser� de 0,3 ponto porcentual.
J� com rela��o ao per�odo corrente e com base no Boletim Regional para o trimestre encerrado em agosto, Hamilton delineou um cen�rio pouco animador. Lembrou que a produ��o industrial tem mostrado seguidos resultados desfavor�veis e a receita nominal do setor de servi�os tem desacelerado em todas as regi�es do Pa�s. Segundo Hamilton, a din�mica dos servi�os s� � melhor na regi�o Centro-Oeste, puxada pelo Distrito Federal e Goi�s.
"O desemprego em baixa, em boa parte, se explica pelo recuo na oferta de m�o de obra", ponderou o diretor do BC. Aumento da infla��o, segundo ele, ocorreu em todas as regi�es, exceto no Norte do Pa�s. Isso, de acordo com ele, est� atrelado aos sal�rios, que t�m se mostrado acima das estimativas dos ganhos de produtividade.
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